30 de dezembro de 2009
"Vamos viver tudo que há pra viver. Vamos nos permitir"
2009 está no fim. E com ele muita coisa vai embora e muita coisa, muita coisa mesmo, palpita pra recomeçar. Eu ando acreditando mais nesse 2010 do que jamais acreditei em ano algum. Talvez pelo tanto de inícios que se deram nesse ano que se vai. Talvez pelo fato de estar presenciando em muitos dos meus - e também em mim, porque não - uma vontade imensa de deixar pra trás o que há muito já ficou pra trás.
2009 está no fim. E depois de amanhã não será apenas um novo dia.
Muita coisa se metaforseando em 2010. Assim o quero. Inclusive esse blog, que vai sofrer uma virada que já há um tanto eu também quero. Vamos penetrar mais no universal, fazer postagens com fotos ilustrativas, botar pra fora palavras não ditas, um tantão de coisas. Porque gosto desse cantinho e quero dividí-lo com mais e mais gente.
A partir de janeiro, seremos mais. Mais um ciclo a ser cumprido e mais do que nunca, perto de uma grande mudança universal.
Que chegue logo o primeiro dia do ano. E que a paz universal não fique só na teoria, na data impressa, no imaginário. Um beijo enorme para todos. Vamos nos permitir!!
29 de dezembro de 2009
22 de dezembro de 2009
Tico tico no fubá.
Gostei disso.
Hoje eu acordei péssima, minha garganta piorou, tá dolorida e eu tô lerda feito um zumbi. Hoje vamos sair daqui ao meio dia para ir a pequeno sítio para o almoço da ascom. Churrasco, fumaça, cerveja. Como eu posso tomar antibiótico agora? Num dá....
*
Geralmente fazemos festinha de fim de ano pra ter recesso depois né? Não é o nosso caso aqui. Amanhã ainda trampamos metade do dia, saimos, vamos às nossas casinhas comemorar o natal e.. voltamos. Pra trabalhar mais um tanto até o dia 30. Claro que na próxima encarnação eu não vou ser jornalista, baby.
*
Hoje joguei nos ralos da casa o preparado especial contra baratas que minha mãe fez. Espero não encontrar cadáveres pela casa inteira quando chegar hoje. Imagina gente: eu, provavelmente bêbada, entrando em casa e encointrando as baratas pelo caminho. ....
*
Por raríssimas vezes eu tive febre e estava sozinha.
Não é bom meus caros, não copiem em casa.
*
Cabô Copenhague e a conclusão mais significativa foi a de que as vacas não podem mais arrotar.
Ok, você venceu: batata frita.
21 de dezembro de 2009
19 de dezembro de 2009
Cansada e feliz
...
Hoje, fazendo caminho de volta pra casinha da Ribeira, lembrei dos bons tempos em que ia pra faculdade de bicicleta. Minha mãe ficava maluca, eu chegava toda suada, passava umas boas com os buzús, mas era uma delícia. Eu e minha janis. Quantos caminhos...
Eu saía da Ribeira finzinho de tarde e levava uns quarenta minutos pedalando até o comércio. Gostava de fazer o caminho mais longo, mais bonito, que passava pela Boa Viagem. Adora passar pelo Bomfim, ouvir a colina. Adorava a curva enladeirada no final da rua Luis Tarquínio, ver o mar de longe a me abençoar. Sentia os cheiros da Feira de São Joaquim, comtemplava o Moinho e vivenciava o porto, o comércio, o asfalto mais reto. Era muito bom. Muito bom. Chegava na faculdade com todo gás, geralmente descabelada, com cachos e suor a reverenciar novos sentidos. Era uma louca e gostava de sê-la. Era uma injeção de ânimo em minha vida.
Assistia as aulas, curtia os amigos e tarde da noite, fazia o caminho de volta, dessa vez em pista oposta. Me sentia uma diva, eu e janis. As ruas mais vazias me acolhiam, o Pilar, o viaduto. Escrevia estórias, elaborava projetos, sentia na espinha o medo misturado ao delírio do espasmo da coragem, do desafio, da aventura. Era uma delícia... E na pista direta até o Largo de Roma, passava pelos moradores da rua e nos cumprimentávamos de longe, entre o vento e as pedaladas.
Um dia eu quase não chego em casa, porque o fôlego fraco era o inimigo mais severo, sobretudo no início, sem costume. Daí que eu pedalava em silêncio, de boca fechada, resguardando a respiração como quem calcula oxigênio ao mergulhar.
Nesse dia, ainda antes do costume implantado dos cumprimentos diários, passando por lá, um deles gritou: 'lá vai a maluca!" e o meu riso gastou o fôlego que me faltou mais adiante. Era um barato.
Cansada e feliz. E a hora passa tão rápido que quase já é domingo. E muitas entrelinhas intercalando composições...
17 de dezembro de 2009
Ele veio, mas não contou os dedos do Prefeito...
Sinto que P.C. não vai escapar... rs
O pimpolho chegou ontem com minha mãe. Vieram tarde, teimosos que são. Daí que da rodoviária pra casa, dormir, nada mais. Juan adorou a casinha nova. Mais o pátio. Fora das paredes há mais vida, sempre. Adorou o canteirinho, disse "mãe, vc escolheu bem a casa heim?" e eu fiquei radiante com sua aprovação, of course.
Dormimos agarradinhos pra matar a saudades de quase duas semanas. Suspiro.
Hoje nós fomos na escola nova, conhecer e fazer a tal entrevista. Ele ficou maravilhado com a escola e disse que aquilo alí não era uma escola, era uma zooscola, porque mais parecia um zoológico. De fato. A escola é o must. Tem pavão, coelho, periquito, viveiro de pássaros, numa área imensa, de recreio. Periga só Juan esquecer do lanche pra ficar com os bichos né?
A escola é grande, toda linda, arrumada. Tem uma capelinha muito lindinha, sala de arte, quadra, biblioteca ampla... aiai.. deu até vontade de encolher um tantinho viu...
Juan se saiu super bem na entrevista e entre as observações postas pela orientadora estavam o seu carinho e a sua boa dicção, aliados a um vocabulário amplo e inteligência aguçada. Desculpa aê, é meu filho. rs
A pouco deixei os dois na Rodoviária. Puxei bem a orelha dele antes de ir, pra se comportar direitinho em salvacity. Hoje não teve drama, amanhã estaremos juntinhos. Amanhã também é o lançamento do meu primeiro livro coletivo. Pois é. babado. É que eu só soube no começo da semana, mas esses dias foram tão punks que até esauqeci de contar. Pra todo mundo. Lembrei de dizer hoje a mi madre, pra ter idéia. Mas enfim. será sexta, 19h, no Teatro da Uneb. É, eu também quero ir.... rs
O Livro é uma compilação de perfis do semi árido e está nele o perfil de Seo Paraíba, o meu paraíba, biografado já. Inclusive uma das metas desse ano é botar essa bendita biografia na rua e ter a felicidade de me ver publicada devidamente. Esse livro de perfis é, inclusive, um incentivão pra que isso aconteça. na fé de Jah. Vamos em frente.
Agora tá na hora de trabalhar, depois de uma manhã de descanso. Merecida, diga-se de passagem. Hora de ligar Los hermanos nos ouvidos e meter bronca no teclado, pra parir minhas matérias.
Inté!
16 de dezembro de 2009
Dessa vez
Com o mundo nas costas
E a cidade nos pés
Pra que sofrer se nada é pra sempre?
Pra que correr, se nunca me vejo de frente
Parei de pensar e comecei a sentir
Nada como um dia após dia
Uma noite, um mês
Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez
*Capital Inicial
Ah saudade. Vontade de ter vc aqui agora. Exercendo o intrínseco. Latente. saudade.
15 de dezembro de 2009
Lorenex na cova dos leões
Ficou na minha boca por mais tempo
De amargo então salgado ficou doce,
Assim que o teu cheiro forte e lento
Fez casa nos meus braços
E ainda leve e forte, cego e intenso
fez saber que ainda era muito e muito pouco.
Faço nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante.
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante.
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão
Teu corpo é meu espelho e em ti navego
E sei que tua correnteza não tem direção.
Mas, tão certo quanto o erro de ser barco
A motor e insistir em usar os remos,
É o mal que a água faz quando se afoga
E o salva-vidas não está la porque não vemos
* Legião Urbana
14 de dezembro de 2009
Faz de conta que ainda é cedo. Tudo vai ficar por conta da emoção. rs
Já explicitei aqui o meu desejo maior de trabalhar pra mim, em casa. Isso vai acontecer. Eu tenho fé. E em meus cálculos, faltam menos de 10 anos para que isso seja possível. parece muito? Não é. Eu também acho muito quando vejo da janela, mas depois que abro a porta e observo de pertinho, noutro ângulo, vejo que são na verdade 520 semanas more or less.
Tá, eu também vou gritar.
...
2010 tá chegando. E se 2009 foi o ano da maturidade, 2010 é o ano da transformação, enquanto 2011 é o ano do equilíbrio. Aí em 2012 o mundo acaba. rs
Já iniciei minhas listinhas de metas, objetivos e afins, somada a do que vai pra lixeira. Como em todos os anos eu já sei que das 20 metas, 10 são das listas e outras 10 caem de para-quedas no colinho da mamãe.
Daí que tô tentando pegar leve... Cês já fizeram suas listinhas?
Com direito a tinta, amor e árvore de natal.
Amém.
12 de dezembro de 2009
Se segura malandro, pra fazer a cabeça tem hora...
pra levar a galera pra comer feijão
chegando lá, mas que vergonha!
só tinha maconha!"
vontade de fugir pra salvador. Duro. Plantão.
11 de dezembro de 2009
Arf. tsc. merda.
Sonho com o dia em que só precisarei estar presente em reuniões uma vez na semana no máximo, soltando sorrisinhos quase fúnebres aos presentes. Não sou jornalista de redação. Sou jornalista de pesquisa. Alguém me rapte-me camaleoa pelamordedeus!
Loucuras, chiclete e som
Conselho: Pra que se desgastar? Sente-se e aguarde o momento propício.
10 de dezembro de 2009
Viver um ano em segundos
Poder rodar sem fronteiras
Viver um ano em segundos
Não achar sonhos besteira
Me encantar com um livro, que fale sobre vaidade
Quando mentir for preciso, poder falar a verdade"
Um beijo doce embalou minha terça à noite e foi bom matar saudades...
Quarta-feira em salvador. Vacina, festinha de escola, sequilhos e muita preguiça. Vontade de ficar em salvacity até sexta. Mas a responsa não deixou. Uma merda.
...
Trocar de emprego no final do ano significa não ter direito à décimo terceiro decente. Pois é.
Shimbalaiê. E viva o sol.
8 de dezembro de 2009
"Tempo, tempo, mano velho, falta um tanto ainda, eu sei, pra vc correr mansinho..."
Hoje é aniversário de Lygia, minha buga, minha nega, minha pretinha. Essa hora ela tá lá em salvador se acabando na procissão de Nossa Senhora da Conceição, enquanto a pessoa que vos fala mofa em frente ao pc. Coisas da vida. O Mar de Salvacity não é pra todos. Amém.
Vamo ralar. E segue o dia.
7 de dezembro de 2009
A pérola nasce do sofrimento da ostra...
Chega a hora de identificar as pessoas, as coisas, os hábitos e as situações que não nos serve mais e se despedir gentilmente. Adoro rituais. Respeito-os, ainda que não entregue a todos eles o meu acreditar por inteiro. Tenho os meus e neste 2009 me propus a retomar alguns outrora perdidos. Um passo pra frente, senti.
E "quando tudo pede um poucou mais de calma, quando tudo pede um pouco mais de alma, eu tento ter paciência" e vou seguindo. Esse fim de semana, mais que nunca, percebi o quanto Juan está ansioso para ir pra casa nova, viver o novo. Faz quase um mês que ele começou a escrever um diário. Lindo.
Lindo também, já que estávamos falando sobre rituais, essa coisa da criança, desprendida ainda de tantos deles. Para elas o começo é sempre, não precisa de data. Fantástico.
Então que no diário - que ele pede que eu leia - o que mais há são contagens para as férias. E de uma semana pra cá, quando as benditas chegaram de fato, não há um dia em que ele não registre a sua vontade de vir logo pra Alagoinhas. E nós conversamos bastante sobre isso no fim de semana. bastante. E Juan, engraçado como é, com aquelas tiradas irreesistíveis:
- Ju, entenda, nem tem como vc ir pra casa agora filho, primeiro que são suas férias, vc já tá com um roteiro massa aí e tal, e sepois, não tem nada em casa ainda, geladeira, fogão, saca? não tem nada...
- Sim mãe, mas a gente não sempre acampa assim?
rs. pois é.
hoje é dia 7 - adoro esse número - e na fé de jah vai rolar um descanso entre o natal e o reveillon. E por falar nisso.. preciso programar o meu...
Hoje tem visita à zona rural. Adoro! Vou aproveitar e trazer umas toras de madeira pra fazer arte em casa. Delícia.
6 de dezembro de 2009
"Feito louca, alucinada e criança, eu quero o meu amor se derramando"
Um menino caminha à beira-mar...
um olhar atento
um vício
um tempo prescrito
início
uma brisa, um beijo
arrisca
Domingo. Poucas palavras, preguiça.
3 de dezembro de 2009
"Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço, enquanto o caos segue em frente, com toda calma do mundo"
Compreendo que o custo da vacina é alto, muito mais do que imaginamos e que não é fácil para um gestor viabilizar essa verba para vacinar a todos. Mas é preciso mais que vontade para as coisas públicas. É preciso, além de competência, uma garra, uma coragem, que sinceramente, não estou vendo em Wagner e em tantos outros políticos do nosso país.
Quantos jovens, crianças, adultos, adolescentes, mães, pais, terão de morrer? Entendo a morosidade das questões públicas mas não entendo como um país tão grande e diverso como o Brasil não se mobiliza para viabilizar essas questões. Somos uma cambada de filhos da outra. Só pode ser isso.
A meningite é capaz de matar tão rápido quanto imaginamos. No caso de Luciano, os sintomas vieram de manhã e a morte veio à tarde. Entre um e outro, muita angústia, muita dor, daquela mãe que o levava nos braços. É nela que penso agora. É por ela que rezo, por essa mãe que perdeu seu filho de 23 anos, cheio de planos, cheio de vida. Tão feliz ele, tão feliz...
A promessa do governo de vacinar crianças até 5 anos em janeiro é um começo. Mas não pode ser um fim. Não podemos ficar satisfeitos com isso apenas. É preciso mais. É preciso vacinar a todos antes do carnaval. Ou vacinar a população carente, porque nem todos podem pagar 120 reais numa vacina, ganhando menos de 460 todo mês. Quem pode, vai e pague sua vacina. E rápido. Eu farei isso já nesse fim de semana, não quero morrer jovem, não quero ver meus sonhos sepultados antes da hora. Não vou aqui falar sobre Juan, pois até escrever dói e eu não quero pensar mais bobagens. Não hoje mais.
Vamos nos cuidar. Anarquicamente, cuidemos de nós, dos nossos, de quem estiver perto. Passamos um tempo de nossas vidas pensando latente em como mudar o mundo e parece que vamos esquecemos nossos planos mirabolantes ao longo do caminho. Porque é difícil mesmo deixar permanecer a idéia diante das adversidades da vida. Mas não é impossível. Vamos lutar e reivindicar o que nos cabe, lutar pelos nossos direitos, pela saúde pública que nos cabe. E vamos cumprir nossos deveres, porque “disciplina é liberdade”.
Licença para um bom conselho
2 de dezembro de 2009
"As nossas conversas são francas e as mais variadas. Ora se fala em livros, ora se fala sobre maquilagem e moda, não temos preconceitos"
***
– Como nasce um conto? Um romance? Qual é a raiz de um texto seu?
– São perguntas que ouço com freqüência. Procuro então simplificar essa matéria que nada tem de simples. Lembro que algumas idéias podem nascer de uma simples imagem. Ou de uma frase que se ouve por acaso. A idéia do enredo pode ainda se originar de um sonho. Tentativa vã de explicar o inexplicável, de esclarecer o que não pode ser esclarecido no ato da criação. A gente exagera, inventa uma transparência que não existe porque – no fundo sabemos disso perfeitamente – tudo é sombra. Mistério. O artista é um visionário. Um vidente. Tem passe livre no tempo que ele percorre de alto a baixo em seu trapézio voador que avança e recua no espaço: tanta luta, tanto empenho que não exclui a disciplina. A paciência. A vontade do escritor de se comunicar com o seu próximo, de seduzir esse público que olha e julga. Vontade de ser amado. De permanecer. Nesse jogo ele acaba por arriscar tudo. Vale o risco? Vale se a vocação for cumprida com amor, é preciso se apaixonar pelo ofício, ser feliz nesse ofício. Se em outros aspectos as coisas falham (tantas falham) que ao menos fique a alegria de criar.
– Para mim a arte é uma busca, você concorda?
– Sim, a arte é uma busca e a marca constante dessa busca é a insatisfação. Na hora em que o artista botar a coroa de louros na cabeça e disser, estou satisfeito, nessa hora mesmo ele morreu como artista. Ou já estava morto antes. É preciso pesquisar, se aventurar por novos caminhos, desconfiar da facilidade com que as palavras se oferecem. Aos jovens que desprezam o estilo, que não trabalham em cima do texto porque acham que logo no primeiro rascunho já está ótimo, tudo bem – a esses recomendo a lição maior que está inteira resumida nestes versos de Carlos Drummond de Andrade:
Chega mais perto e contempla as palavras
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta
pobre ou terrível que lhe deres
Trouxeste a chave?
"Amo-te, enfim, com grande liberdade, dentro da eternidade e a cada instante"
Isso é notório, todo mundo sabe.
E eu gosto de ser assim, principalmente hoje, no tempo do agora, depois que descobri que não sei ser de outra maneira.
Já faz algum tempo. Já faz algum tempo que sei...
Eu amo debruçada na janela, espreitando do parapeito as flores invisíveis, que exalam perfumes incríveis. Amo desleixadamente, como cabelo que enxuga ao vento e fica bonito que dói, sem pente. Amo indefinidamente, com a carência absoluta de quem não cansa de amar e ser amado.
E por amar assim, intensamente, sou inteira sempre, sem saber ser metade.
Aos meus amigos, aos meus amores, à minha família, ao meu filho, eterno e apaixonado amor:
Um beijo estalado, um olhar profundo, um abraço forte. Amo vcs.
Concentração.
Será só promessa?
02/12/2009 às 09:15
Jaques Wagner anuncia compra de 1,5 milhão de doses da vacina contra meningite
O governador Jaques Wagner (PT) anunciou nesta quarta-feira, 2, que 1,5 milhão de doses da vacina contra meningite serão compradas para uma campanha de imunização que deverá acontecer no início do próximo ano. A previsão é de que as doses cheguem até janeiro e sejam distribuídas pelos municípios baianos. No entanto, o público-alvo da campanha será apenas crianças de 0 a 5 anos, por estarem na faixa etária com maior índice de letalidade.
Wagner anunciou a compra das vacinas um dia depois da morte do jornalista Luciano Camacan, 23 anos, produtor do programa Na Mira, da TV Aratu, que faleceu com sintomas da doença. O governador admitiu que a campanha de vacinação não estava prevista para 2010 e que somente em 2011 seria feita a imunização contra a doença. Porém, o avanço no número de casos do tipo mais grave da enfermidade, a meningite meningocócica, fez com que o governo mudasse seu calendário.
Ainda não se sabe quanto será investido, mas a verba será dividida entre o governo do estado e o Ministério da Saúde. Em toda a Bahia, o número de pessoas infectadas pela meningite este ano chega a 1.195, com 126 mortes. No caso da meningocócica, foram 92 pessoas doentes em Salvador, com a morte de 22 indivíduos até a primeira quinzena de novembro.
* Com redação de Eder Luis Santana, A Tarde On Line
1 de dezembro de 2009
...
Nos falamos na semana passada e ele vinha passar um fim de semana aqui, em alagoinhas... sempre tão feliz, tão cheio de vida e fim. assim, sem mais, sem menos.
A vida é tão frágil, tanto que não conseguimos mensurar isso de verdade.
E quando acontece uma coisa assim tão de repente, a gente fica pensando como queria dizer pela última vez o quanto amava esse alguém que se foi.
Ao menos, nós nos lembrávamos isso sempre. Não havia uma ligação, um encontro, em que não nos abraçássemos forte e olhando nos olhos, recitássemos o amor que sentíamos. É inacreditável perder Luciano. É difícil aceitar e entender como a vida pode acabar tão rápido. E ontem, ouvindo a música que canta antes da novela, eu cantei baixinho pra mim mesma, enquanto pensava forte nessa mesma complexidade que me toma agora: "Como é por exemplo que dá pra entender, a gente mal nasce, começa a morrer..."
Seu sorriso nunca vai embora. Nunca. Nem sei o que dizer. Nem sei...
O Personare diz:
"No período que vai de 01/12 (Hoje) a 03/12, seu sentimento de bem-estar emocional estará associado aos seus amigos queridos, aos grupos em que você aprecia estar. Este é um momento particularmente propício para se unir a outras pessoas com objetivos em comum, ou simplesmente para vocês terem momentos de prazer e diversão em conjunto".
E aí, ninguém me contou que vinha pra Alagoinhas heim?
30 de novembro de 2009
29 de novembro de 2009
Sei que nada será como antes, amanhã....
Sinto algumas coisas se encaixando. Sinto também que 2010 será um ano bem promissor.
Essa será uma boa semana, já que minha casinha começará a tomar formas novas e novos sentidos. Não vejo a hora de vê-la colorida, cheia de quadros e gente. Já decidi que em janeiro farei um chá regado a feijoada de dona Vânia, mas, provalvelmente por aqui mesmo, ou quem sabe alugamos uma van pra todo mundo ir conhecer Alagodé heim?? rs Seria uma ótima!
Muitas coisas para retomar. Muita coisas para começar, recomeçar, aprender, reaprender...
Já arrumei a mochila de volta e dessa vez meus patins vão junto. Não tem porque deixa-los parados aqui com saudades do chão. Seguem junto as tintas e os pincéis também. Nada de ficar parada e deixar que as frestas se fechem para os raios de sol. Quero ver acontecer os dias e as noites e ocupar as madrugadas insones, principalmente.
26 de novembro de 2009
"Eu não sigo o fluxo, faço o caminho que me parecer mais justo"
Desde que vim pra alagoinhas minha escrita livre diminuiu bastante. Apesar de ter nesse blog um espaço facilitador desse processo, há escritos que não cabem aqui e que, portanto, vão parar noutro lugar. Mas a gaveta está vazia. Ou melhor, não há gavetas...
Eu sou muito severa comigo mesma. Quem conhece bem sabe disso. E essa é uma batalha travada há tempos entre mim e eu mesma. Porque não vale a pena ficar me desgoelando para acertar mais. Como diz minha mãe, basta olhar pra mim e ver que as conquistas estão aí, chegando e vindo, mais e mais... Mas há aquela tristeza que o Besouro identificou como não sendo exatamente minha, dentro de sua visão espírita da vida. Ele pode estar certo. Ou não. O que sei é que é a insatisfação que move o humano. É ela que nos impulsiona a ser melhor do que somos, a buscar um amanhã mais promissor, a encontrar novas saídas.
O fato é que preciso escrever mais. Aqui e fora daqui. Mas preciso também entender que além de estar com o tempo tomado por outros textos – escrevo cinco, seis matérias por dia! – tô sem computador em casa e mais que isso: estou numa casa sem nadica de nada, exceto água, desodorante, creme de cabelo – essencial para os meus cachos – e um colchão de ar. Não posso ser tão cruel comigo mesma né?
Não vejo a hora de arrumar minha casinha. E principalmente fazer um quarto lindão pra Juan, um atelierzinho pra gente fazer arte e um escritório bacana, pra que eu possa trabalhar ouvindo música, tecendo palavras sem ter fim, compondo muitos rocks rurais.
Não tem carneiros e cabras pastando solenes no jardim ainda e o silêncio das línguas cansadas ainda não povoou a casa, porque meus livros ainda estão em salvador... Mas a casa já me permite ficar do tamanho da paz. Terei mais calma durante a caminhada. Palavra de escoteiro.
25 de novembro de 2009
Pra ficar nos anais...
- E o prefeito né mãe?
- É Ju, não sei, de repente, sim, conhece o prefeito...
- Mainha?
- Oi Ju
- Quantos dedos ele tem?
- ... Como assim Juan, quantos dedos?
- Quantos dedos ué, cinco, seis, dez..
- Tem todos os dedos Juan, oxe, que pergunta..
- Ah, sei lá, mãe. O Presidente não tem um dedo né? Ele também podia não ter um.
Posso?
24 de novembro de 2009
Exemplo tácito de respeito no ambiente de trabalho
Cara de lata de sardinha temperada coqueiro, Como solicitado, segue as matérias anexadas.
Xero
Tempo tempo tempo tempo...
´
E é bom perceber como as mudanças vêm surgindo. Mas elas vêm devagar... E os surtos de explosão ainda permanecem, com intensidade menor, menos frequentes... mas acontecem. E muitas vezes o surto é controlado, mas fica avontade de gritar inacabada. Por isso preciso tanto de uma atividade física, que me permita extravar depois as coisas... o boxe, por exemplo. Cada soco um grito a menos.
O tempo está quente demais em Alagoinhas. Abafado pra xuxu. Salvador não está muito diferente, noutros lugares também não, me dizem. Mas em Salvacity tem a brisa do mar pra amenizar as coisas... Mas aqui.. arf. só banho de pia.
...
Contando os dias pro din din sair. Só pra ver ele mesmo. Porque ela vai embora tão rápido quanto veio. São as agruras trabalhistas né? fazer what?
Na lista de pendências o item number 0 é auto-escola. Pagar contas atrasadas e uma geladeira também estão na disputa.
...
Ontem eu e Milena falávamos sobre pautas: o excesso e a falta delas. O lance irritante de não ter pauta numa assessoria é que vc precisa usar seus dois neurônios mais espertinhos pra criar notícias boas sem encher muita linguiça. Uma tarefa árdua meus caros... já que encher linguiça é o up da coisa.
...
No mais, permaneço sem tempo extra, dormindo mal, com saudade ininterrupta de Juan e querendo a sorte de um amor tranquilo. fudida, estrupiada e com aquele sorriso imbecil de quem acredita que tudo tudo vai dar pé. Wonan, no cry.
23 de novembro de 2009
E haja imaginação...
...
Segunda-feira sem pauta.
Arf.
Primeiros passos: Puxa o freio de mão porra!!!!!!!
O velho personare na ativa!
Cabô o fim de semana. Cheguei hoje de Salvacity. Sempre difícil a despedida.
Passamos esse fim de semana praticamente imersos na piscina, só no thibum, com direito a visitas queridas e tudo o mais.
E no sábado, pela primeira vez, eu peguei num volante de verdade. Depois de passar quase trinta anos no fliperama, aprendi a engatar a primeira e a segunda, com direito a aplausos calorosos da platéia que assistia – Juan, Bernardo, Dyjan (professor oficial da seleção) e Binha. Foi delícia! Em breve estarei desbravando as estradas desse país!
19 de novembro de 2009
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando essa rima
Meus dias aqui são pau viola mesmo e nos intervalos, não tem cheirinho de Juan e isso complica muito as coisas. No mais, a companhar o prefeito em tudo quanto é buraco não é mesmo fácil. Hpje por exemplo, nós fomos visitar umas escolas em reforma na zona rural. Eu tava doida pra conhecer a zona rural. Adoro aquela paisagem, adoro as árvores lindas e aqui em Alagodé tem muitos´pés de laranja frondosos, uma beleza de se ver.
Fomos ao Riacho da Guia, que é um distrito daqui, um tanto distante da cidade, uns quarenta minutos de carro mais ou menos. Na volta pegamos um puta engarrafamento na estrada. E não tem nada pior do que ficar parado na estrada, sem água e sem geladinho. Sim, eu tô viciada em geladinho... rs
Voltamos pra visitar outra escola na cidade e depois, corre pra outro lugar que o prefeito vai assinar a construção da sede dos mototaxistas! O corre-corre só acabou uma e meia da tarde e minha cabeça já doía deveras, de fome. Aí eu tenho de decidir ir num restaurante almoçar e continuar suja e com sono, ou ir pra casa, comer uma manga, uma tangerina e dormir um tantinho... segunda opção no ato.
Mas essas decisões enfadonmhas hão de acabar, na fé de cristo, como dizem por aí. Basta esse bendito dinheiro sair pras coisas acalmarem um pouco. E hoje eu tive mais uma notícia daquelas que abalam o mundo, de que não há previsão para sair o que me devem no trampo antigo. Ou seja, te vira isinha!
Passei a tarde toda com dor de cabeça. e mesmo depois de comer umas besteirinhas aqui a merda não passou. Por isso já decretei que hoje mereço um jantar. UM JANTAR decente, com uma saladinha gostosa, um suquinho de laranja... e depois vou pra casa ver a novela das oito na minha tv emprestada. Supimpa.
Ontem eu fiz uma bobagem e liguei pra Juan chorando de noite. Mas graças aos bons deuses Juan já tem em si encorporada a lição de solidariedade dos amigos: um dia damos o ombro, no outro choramos no alheio. Ele disse: "ô Mainha, não fique assim... Hoje já é quase quinta-feira então só falta um dia pra gente se ver! Não chore e vá dormir... Durma com anjos viu?!"
É... Meu menino...
18 de novembro de 2009
Por um triz.
Isso é ainda mais difícil quando se tem um pavio não muito comprido e paciência não é virtude vinda de berço. Mas, num cômputo geral, ando me saindo bem nesse gerir e recebido elogios freqüentes, o que se caracteriza em valorização de um trabalho árduo que não só me trouxe para uma outra cidade, mas também para um tanto mais distante de Juan, ainda que por pouco tempo.
O que quero mesmo é ter logo um dinheirinho sobrando para comprar um saco de boxe. Pois é. Academia agora vai ficar difícil e o grande objetivo é mesmo o de descarregar as tensões. Fora a questão estética de ter um troço daquele pendurado em casa, que sempre me pareceu um bom negócio.
Ontem em casa senti um quê nostálgico e estava prestes a me jogar na cama em lágrimas quando lembrei que estava entrando na maldita TPM. - Ah Isa! Liga o som e vamos cantar! Ordenou meu Ego. Foi o que fiz, depois de comer duas fatias de bolo de chocolate com doce de leite. Doces e hormônios em ebulição, tudo haver.
Hoje já dei uma choradinha básica no banheiro escondida, coisa de torneirinha ligada sem razão extensiva mesmo. Agora de tarde me sinto cansada, com sono, numa lezeira de dar dó. Mas como fugir agora ta praticamente impossível, vou assumindo minha missão até seis em ponto, que hoje ninguém me segura aqui dentro!
Thun baracathun baracathum baba
Thun baracathun baracathum baba
Thun baracathun baracathum baba
Até lá, geladinho de R$ 0,25 é minha melhor compania.
17 de novembro de 2009
Ah puxa, como eu queria uma tvzinha hoje em casa....
Não tenho o que explicar. Não saberia fazê-lo nem pra mim mesma.
Mas sabe quando vc só queria um colo quentinho, a novela das oito e chocolate quente?
Pois é.
Depois de acordar às 5 da matina pra correr pra Alagoinhas, vim direto trabalhar, não passei em casa e minha casa continua vazia.
Na verdade, cheia de música.
Mas gente, poxa vida, hoje eu só queria a burguesia. Deixa ela ficar limpa outro dia ok?
E hoje é Dia de esquina em salvador...
Meu fim de semana foi dos melhores. Visita de minha thuca, viagem pra Araçás e a súbita loucura de me picar pra Salvador no domingo à tarde pra ver a cara de surpresa de Juan. Fora os quatro geladinhos de uva que tomei. kisuco dos bons. Adoro!
Eu tô é cansada. Ontem aproveitei pra levar meu menino no dentista, pra colocar a massinha que caiu de madura. Passeamos, vimos o mar e ficamos agarradinhos pro tempo passar devagar. Mas passou. Aí de noite eu me arrumei toda pra voltar pra Alagodé. Mas Juan pediu chorando pra eu ficar. Eu não podia. Tinha de chegar bem cedo aqui hoje. Conversamos, as lágrimas cessaram e a despedida.
Fui pro ponto, acendi meu cigarro. Não havia lágrimas, mas meu coração estava num palpitar descontrolado e eu não sabia o que fazer. Chegou o ônibus. Mas eu não consegui ir. Voltei pra casa e ele nem acreditou. Nem eu. Dormimos mais felizes, sem dúvidas. E eu vi o sol nascer de outro jeito...
Traída pelo Twitter
- Vem pra cá. Eu vou viajar, mas podemos ficar juntas de tardinha e no domingo também. Vem. Juro que não é só o egoísmo de te ver. Venha logo.
- Certo. Snif.
Quando uma mulher se sente ou se sabe traída – ás vezes a diferença nem existe, assim como os fatos concretos, basta sentir -, ela se sente diminuída, rejeitada, um cocô. Aliás, todo traído deve se sentir assim, independente do gênero. Eu cheguei nesse viés porque “eu sei como pisar no coração de uma mulher, eu sei. Já fui mulher, eu sei”. Enfim. A questão é que, sabendo-se traído a primeira reação é culpar o outro, a outra, o bicho, o buraco, que atiçou o seu bibelô, levando-o à traição. Pois sim.
Quando ela me ligou – não vou contar não, gente... – eu fiquei agoniada. Mas eram sete da manhã de sábado e a minha solidariedade estava mais ativa que meu cérebro. Assim, quando ouvi as palavras twitter, traição, mensagens, o babado me soou um tanto estranho, mas, porém, contudo, todavia, uma amiga traída é uma amiga traída e antes da razão, querem o nosso colo.
A pessoa em questão é tão ligada, tão focada, que simplesmente desceu uma cidade antes de chegar em Alagoinhas. É sério. Ela desceu em Catu. A essa altura eu já tinha levantado, comido, escovado os dentes, resolvido o meu dia e caída na cama, programado meu celular para tocar meia hora antes de sua chegada, para que pudesse acordar de fato, na hora certa. Toca o celular. Quinze para às 13h. Ela chegaria às 13h30.
- Caralho, vc já chegou?
- Já.
- Oxente, cê pegou o expresso né?
- Não. Normal mesmo.
- Né possível... sim, então, onde vc ta exatamente?
- Na frente da rodoviária né Isa?
- Certo. Então pega aí um táxi e vem para o Inocop II.
- Como é? Robocop?
- Não porra. Inocop. Pede pra o cara te deixar na rua do Zé Café. Vou te esperar na porta.
Ela chegaria em dez minutos. No máximo. Calculei o time e fui pra porta esperar na calçada. Um sol do cão. Cadê a mulé?
- Véi, cadê vc?
- Em Catu.
- Na rua do Catu? Que porressa rapá?
- Não. Em Catu mesmo.
- Não acredito.
- É sério nega. Desci aqui na rodoviária de Catu. Aí fui pegar o mototaxi e quando pedi ao menino pra me deixar no robocop...
- Inocop.
- Isso. Aí ele ficou me olhando e disse que aqui não tinha esse lugar não. Aí perguntei, oxe, num é Alagoinhas? E ele, não menina, aqui é Catu.
- kkkkkkkkkkkkkkkkkk
- kkkkkkkkkkkkkkkkkk
- Vai mulher, pega um ônibus pra cá, to te esperando.
Ela chegou, nós almoçamos e eu fui viajar com o ômi. Voltei, ela tava dormindo. Que bom, descansou, pensei. Em casa, conversamos sobre outras coisas até chegar no assunto do dia. A traição.
- Isa, eu vi as mensagens.
- Estranho né, não vejo fulano fazendo isso velho...
- Mas ele fez. Eu vi as mensagens pro twitter da menina.
- Olhe só nega, é isso que não to entendendo... Como assim mensagem pro twitter? Porque até onde eu sei a gente só pode mandar mensagem assim, pra nosso próprio twitter saca? Pra atualizar e tal.
Ela ficou pensativa. Não, tinha sido traída, com certeza.
- Isa, ele mandou aquelas mensagens. No dia dos namorados. A gente tinha brigado no mesmo dia.
- Repita aí como eram as mensagens velho...
- Ah, tinha uma que ele dizia ‘tô na praça sentado vendo as crianças brincando. Saudades’.
- Hum...
- E tinha aquela que te falei ‘hoje foi um dia cansativo. Lua cheia. Vou ver o meu amor’
- Nega...
- Não, nem me olhe com essa cara. E tudo se liga. Antes disso tinha uma mensagem dizendo que o show de Targino Godin tinha sido adiado e que ia ser nesse dia, 12 e tal. Ele marcou o encontro e...
- Targino Godim? Filha, pelamordedeus, ele estava atualizando o twitter dele caralho!
- Não..
- Claro que sim criatura...
- Como assim? Ai Isa...
- Como assim que ele estava atualizando o próprio twitter pelo celular né porra? Pense aí. Targino Godim é mensagem romântica? Tudo que vc falou aí minha filha, não tem nada haver com traição...
- Ai meu deus... Eu chorei à toa?
- kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
- Sério Isa... E o número que estava lá?
- É o número que ele cadastrou né...
Toca o telefone dela. A irmã. Dizendo que tentou ligar pro número da ‘fulana’, mas não conseguiu nada. Eu só ria ouvindo ela explicar pelo telefone que não tinha como falar com o tal número mesmo, que tinha chorado à toa, que tinha se retado por nada. Traída pelo twitter. Claro que eu tinha de contar aqui né?
Do Mário de Sá Carneiro
Sou qualquer coisa de intermédio
Pilar da ponte de tédio
que vai de mim para o outro
"Uma bichinha revoltada com uma poesia não menos densa", segundo a Adriana Calcanhoto.
13 de novembro de 2009
Entre aspas
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acbou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
11 de novembro de 2009
Coisa de desocupados criativos, vale ressalvar
Era uma casa muito engraçada...
Depois do sufoco de colocar as lâmpadas no lugar sem escadas - de pontinha de pé na mala -, fui desfazer as malas, sacolas e afins. Zezinho está semi morto, mas ainda toca bem. Pra quem não sabe, zezinho é o meu lap, que bateu a cabeça num semi acidente e ficou em semi coma. ok. melhor não tentar entender mesmo. rs
Mas ontem foi o primeiro dia da casa nova.
Na casa vazia, minha voz ecoava poesia. Estava tão feliz que resolvi limpar tudinho e quando terminei, eram quase duas da manhã.
no começo da noite, não sei que horas exatamente, aconteceu o apagão. E eu corri pra fora de casa e sentei na varanda pra ver as estrelas tão nítidas, tão lindas, todas expostas pra mim. Só hoje descobri que a luz não apagou só em Alagodé. Foi pane geral. Deram várias explicações. Mas pra mim, o culpado mesmo foi o arquinimigo do homem aranha, aquele com oito braços que resolveu mexer de novo com energia nuclear. Ou então, vamos logo aos fatos e culpar a Nasa ok?
Hoje tô com vontade de cerveja. Como não tem geladeira, bebo na rua e caio em casa. rs
Não vejo a hora de ver Juan correndo pela casa. Ela é perfeita pra brincar de esconde-esconde!
Linda minha casinha. E ontem até o verde e amarelo não me incomodou. Andava e cantava por ela, energizando tudo, pois "eu estou vestido com as roupas e as armas de jorge".
Mamãe dinossauro
O ponto alto da festa sem dúvida foi o rasga-saco, que por si só já é um barato. Eu adooooro! Mas esse ano nos superamos e a cena precisava ser filmada! Consegue imaginar a gurizada se esgoelando pra catar balas e brinquedos ao som do Queen? Pois é.
Isso porque como em todas as festas a primeira a rodar na vitrola foi tia Xuxa... E Juan não gostou nada e disse "ah mãe, bota um rock!". O problema é que a mãe tinha chegado de manhã de viagem e correu pra arrumar tudo até às quatro, numa loucura que só quem organiza festinha sabe como é. E daí que esqueci de gravar o bendito Cd com as benditas músicas do Juan, incluindo sem falta o U2. Tá pensando que ser mãe é fácil xuxu? Fique nessa...
No fim das contas deu tudo certo. As crianças voltaram pra casa empanturradas de doce e de sacolinhas cheias e Juan... Os olhinhos brilhavam! E só fomos dormir quase uma da manhã resenhando sobre a festa.
Uma delícia, literalmente!
10 de novembro de 2009
O Prefeito retado e pidão.
A quem diga que o prefeito é “pidão”. Veja bem: se pidão é aquele que não tem medo de estabelecer parcerias favoráveis e necessárias para o progresso da cidade, sim, Paulo Cezar é um grande pidão. Mas há de se notar a diferença entre pedir e negociar. E o prefeito de Alagoinhas é um negociador top de linha. Não é à toa que em dez meses de gestão, Alagoinhas tenha crescido tanto e o “pidão” esteja entre os políticos baianos mais admirados no estado, segundo a própria categoria.
Desde o início de sua gestão, em janeiro deste ano, Paulo Cezar já promoveu uma série de melhorias na cidade, muitas delas estabelecidas através de parcerias inteligentes com o governo do estado ou com grandes empresas como a Rede Bompreço e a Petrobrás.
Como exemplo podemos citar o recapeamento nos asfaltos; a organização do trânsito, com novas sinaleiras nas principais avenidas; o Centro Odontológico 24 horas; o Portal de Tributos, que facilitou a vida dos contribuintes; o Credibahia; o decreto do Dia da Consciência Negra como feriado municipal; a promoção da melhor festa do Dia das Crianças que a cidade já viu. Em andamento estão: a recuperação de 17 praças; as obras do supermercado Todo Dia; a duplicação da Avenida Juracy Magalhães; a informatização das escolas rurais da região e a entrega de mais 496 unidades habitacionais.
Passeando por Alagoinhas me ponho a pensar quantas coisas mais esse homem será capaz de fazer pela cidade nos próximos três anos e quem sabe, nos próximos quatro que virão. Prefeito que vai à zona rural ouvir a população, que visita obra de surpresa para acompanhar seu andamento, que recebe estudantes em manifestação em seu gabinete, sentados frente a frente para um diálogo aberto. Esse é um exemplo que deve ser seguido.
Há aquele ditado que diz: quem não chora não mama. Mas Paulo Cezar não precisa de muitas lágrimas para conseguir o que quer, porque tem competência para conquistá-las, acima de tudo. Porque é um bom administrador, um grande gestor. A cidade de Alagoinhas está de parabéns por sua escolha.
6 de novembro de 2009
Batmacumba lelê Batmacumba oba
Vou tentar trazer umas coisinhas miudas que sejam. Essa semana que vem será uma prova daquelas. No próximo findi rola o meu plantão e só voltarei pra Salvador na ooooooutra semana, dia 20. ôpa! Dia 20 é feriado em Alagodé! Que beleza! Volto sexta volto sexta havainas havaianas!
Nadica de dor de cabeça hoje mesmo. Intacta até agora. E olhe que louca que sou resolvi comer vatapá no almoço. Delícia.
Hoje fui ver mais duas escolas pra Juan. A primeira nem vale a pena cometar. Escola suja, desorganizada, com parque no concreto e escorregador de ferro ainda. Horror.
A outra me atacou no coração. A escola é linda! e eu adorei tudo, a estrutura, as salinhas, a biblioteca, as diretrizes pedagógicas... O que me fez não dar resposta ainda é o fato de que no próximo ano o ensino fundamental vai pra tarde e só à tarde. Isso é bem complicado pra mim. Fora que estudar de manhã é bem melhor. Mas enfim. A escola vale a pena. Só pra dar uma idéia, a área de lazer dos pimpolhos é um quintalzão! Com viveiros de pássaros, brinquedos bacanas, casinha de coelho GENTEE!!!!!!!! eu quero estudar lá! rs
Só falta ver uma escola das que selecionei na minha listinha. rs
Mas essa só na segunda e se ela não me cativar como essa, vou virar mamãe elástica e é pro São Francisco que Juan vai. Que escola linda, toda cuidadinha, limpinha...
Hoje tem festinha. Na mesma hora da reunião do conselho. Mas dá pra ir pros dois na fé de jah.
Amanhã saio daqui mais do que cedo, tenho que chegar amanhecendo em salvador! Consegui com ajuda dos universitários organizar toda festinha daqui mesmo. Afinal, eu sou o cão chupando manga na beira da estrada, como diz minha vó.
Aviso aos navegantes
São as melhores críticas e crônicas atualmente veiculadas na internet. São do meu amigoamor james martins, O Poeta.
Só cheguem lá e voltem sempre.
Pelos poderes de greiscow!!!!!
Leminskiando um pouco, respirando mais.
Nada como novos raios de sol na janela.
Sem dor de cabeça, com a pressão quietinha. Só nostalgias.
Hoje é sexta-feira, véspera de festinha particular. Quero muito voltar hoje pra Salvacity, mas acredito que não vai dar. Estou bastante tentada a fugir dos compromissos da noite, mas... É a primeira reunião do conselho de cultura. Quer dizer, é a primeira reunião do novo conselho do qual faço parte. E hoje tem eleição dos dirigentes... arf.
Hoje também vai rolar cervejinha pós expediente para comemorar 200 boletins. Vai ser bacana, eu sei, mas se fosse só isso eu já estaria em Salvador. Não que não goste da cervejinha, como gosto! Mas... uma noite a mais longe de Juan faz uma puta diferença. E nem dá pra explicar porque...
Agora é encarar o dia. Erguer a cabeça e não deixar que alguns olhares fusilantes me machuquem tanto. E usar todos meus poderes de greiscow e combater pra combater qualquer olho gordo!
5 de novembro de 2009
"Quem é essa mulher que canta sempre esse estribilho?"
As chaves da casa só na segunda. A conta mais murcha a cada dia.
Insônia. Distração. Saudade.
Cadê o Chapolim Colorado gente?
4 de novembro de 2009
Uma casa onde eu possa compor os meus rocks rurais...
Só acabei de editar e liberar tudo agora! Quase oito da noite... e ainda vou daqui cobrir um evento... meu deus... porque ser jornalista? podia ser dondoca!!!
A merda toda é que eu mesma esgoelei meu tempo hoje. Sai depois do almoço pra dar 'uma passadinha' numa corretora... e passei a tarde inteira vendo casas pra alugar. Acho que vi umas seis casas. Adorei três. Me apaixonei por uma com uma área externa enorme, com pezinho de laranja e tudo! Mas teria que gastar uma grana pra reformar... ah velho.. fiquei com uma dó. Mas enfim. Escolhi uma das primeiras que vi, que gostei bastante mesmo, apesar de não ser tão perto do centro como eu queria. Mas é uma casa que em Salvador num bairro bom neguinho num algu por menos de 800. Levei por bem menos. E sem reformas. Fora a frente da casa que por um surto qualquer está pintada de verde e amarelo. sim. verde e amarelo. um surto patriótico que pretendo resolver até o fim de novembro.
Ah poxa.. eu tô tão cansada e com fome e não posso nem descer pra comer esperando o motorista!!!!!!!! Vontade de recostar na cadeira e dormir... Pior que até sexta vai ser essa correria.
Fico então até sexta na casa em que estou e na segunda já vou pra mi casita nueva!!!
Ah gente.. a casa é linda! Juan vai adorar!
Vontade dela pra já. ai ai...
"Se quiser falar com Deus, tenho que calar a voz"
Mais um ciclo fechado, mais um início. O nosso dia começou cedo, ambos preguiçosos e ansiosos, num simultâneo muito nosso. O sol chegou com um parabéns. Canmtei baixinho em seus ouvidos uns versos nítidos para o acordar. E já desperto, lhe entreguei as caixas e também a primeira cartinha de aniversário, já que agora o texto fixa e as frases podem ser mais longas, do jeitinho que a mamãe gosta de fazer. Lemos juntos. Rasgamos juntos os papéis. Presentes de aniversário são pra mim os mais importantes porque marcam os ciclos. Esse ano O presente foi um navio pirata para montar. Pecinhas de madeira, tinta, adesivos, cola, vela, bandeira pirata... delícia! Ele adorou. Eu adorei o seu adorar.
Na escola cheguei no recreio, com o bolo e os brigadeiros. E ganhei um monte de abraços quando agradeci a todos os coleguinhas pela amizade que têm a ele. Aqueles momentos que você entende porque a vida vale tanto, sabe? Pois é.
Gritamos os parabéns, fizemos eclodir na sala o seu nome. Celebramos a sua vida e de quebra ele fez de olhinhos fechados o pedido do ano, secreto secretíssimo, claro.
Seus olhinhos brilhavam.
Depois o restinho da aula. Eu fui pra casa esperar.
De tarde, depois e um almoço gostoso, fomos ver o mar, sentir areia. Não demoramos. A maré altíssima, deixou só um trechinho de areia pra nós dois. Piscina então, decidimos juntos. E brincamos até o fim da tarde, contrariando a renite.
Ia voltar ontem pra Alagodé. Mas umas lagriminhas bobas pediram pra ficar. O que mamãe não faz por aqueles olhinhos?
Estou aqui com os olhos miudinhos de sono... Deixei Salvador às seis da manhã. Sim, ouvi passarinhos...
Bom dia amiguinhos, já estou aqui!
Sim, eu quero contar. Mas três pautas me impedem de fazê-lo agora.
té já.
29 de outubro de 2009
O que eu queria dizer...
Adoro essa frase. Ela separa os medíocres dos sonhadores. Ela determina o perfil dos conformados e confronta os questionadores. Quem vai mudar alguma coisa nesse mundo se não parar para perguntar o porquê das coisas? Portanto, fico desse lado. Do lado dos que reclamam. Por que sei que sou capaz de reclamar e de fazer também. Questionar é só deixar de aceitar as coisas como elas aparecem”.
Enfim.
28 de outubro de 2009
27 de outubro de 2009
Investimento próximo. E rápido!!!!!!!
Não precisa lá ser grande coisa, mas esse negócio de não registrar os momentos precisa passar. Porque fotografias sempre foram indispensáveis em minha formação. Porque esse descuido agora, Isa Lorena?
Tenho feito inúmeras fotos, quase todas muito boas, em meus celulares. Mas elas ficam lá e tenho acumulados em casa celulares cheinhos de registros. Vê se pode...
Isso me lembra aquele poe.meu:
Foto
Grafia
Sonoplastia não impressa
Antes e depois transformados em nada, ou imaginação.
Teorias muitas, prática, zero. De que vale???
Não, não é.
Nada na vida é simples e direto. Porque a vida é cheia de oscilações e indiossincrasias. Inda bem.
Mas sigamos. Os dias, em fileirinha, trazem sempre surpresas. E nunca são iguais.
Eu ainda acredito na sabedoria do repensar. Ela é essencial para o nosso crescimento.
Falar de respeito as difrenças é bonito. Difícil é partir pra prática. Eis a questão. e bola pra frente.
26 de outubro de 2009
Enquanto isso, na sala de justiça...
Já em casa, organizando a semana, senti como é incrível ter hoje essa raiz. São oito anos de não me saber só. são oito anos de mudanças profundas, em minha concepção de vida, de caminho, de destino, de fazer. Juan é o meu alicerce e não há vida sem ele. Uma constatação bastante ambígua, sem dúvidas...
Tomara que essa semana passe rapidinho como a outra. Há muito a ser feito aqui e a cada dia tenho mais certeza de que quero ficar. tenho pensado muito também em como as coisas acontecem para mim, quando as desejo muito e intensamente. Andei relendo alguns escritos desse ano e encontrei palavras de março que dizam da vontade de deixar um pouco Salvador. Nelas eu pedia para viajar um mês que fosse e ficar longe de tudo. De tudo mesmo, até mesmo de Juan. Porque precisava repensar muitas coisas, colocar outras tantas no lugar, espairecer sobre a minha vida e o que dela tenho feito.
Outras palavras pediam um novo emprego, um salário mais justo, novos desafios. Havia outros desejos e quase todos chegaram. Alguns de caroça, outros à galope, como tem mesmo de ser. Num cômputo geral as coisas estão melhores do que antes e as esperanças aquecidas. Momento bom para seguir em frente sem olhar muito pra trás, sem pensar demais no que ficou. O horizonte é vasto e meus olhos estão ávidos.
Para mim essa semana acaba na quinta. Na segunda, feriado. Na terça, aniversário do pimpolho.
Então são 5 dias de boresta em Salvacity. Beleuza de creuza!
22 de outubro de 2009
Sério???
Sério que ainda tem quem acredite que dizer a verdade é igual a emitir opinião sem embasamento?
Sério que ainda tem quem afirme que desabafar com um amigo é igual a chorar lamentações à toa?
Se eu só vivesse chorando e lamentando, não seria quem sou.. não estaria onde estou... Não é óbvio?
Quem realmente não quer escutar OS FATOS?
“Tenho amigos para saber quem sou”
Vivemos num mundo superpovoado e, além da família que temos, escolhemos outras pessoas, ao longo de nossas vidas, para caminhar ao nosso lado. Claro que parece piegas. Mas não é. No dia a dia cruzamos com centenas de pessoas e no cumprimento diário, estabelecemos padrões de comportamento, padrões sociais facilmente acessíveis e graças a Jah, passíveis de modificações quando estamos com os nossos, a nossa gente, a nossa gangue, esses que podemos chamar de amigos.
Dentre esses padrões o mais utilizado está na pergunta famigerada: E aí, tudo bem?
Ora... em nossa condição humana, as coisas nunca estão totalmente boas. Graças a isso, inclusive, somos impulsionados a mudar, a melhorar. É a partir de nossas insatisfações que nascem os nossos desejos e é no anseio do desejo que nasce a vontade da conquista. Isso posto, vamos aos fatos: para quais pessoas vc pode ser sincero?
Diante da perguntinha infame de se conosco está tudo bem, respondemos de forma tão medíocre quanto: sim, tudo bem. Mas há o diferencial. Há os AMIGOS.
É para eles que vc responde diferente. É para eles que contamos os porquês de nossos descontentamentos, porque os amigos, eles sim, sabem quem somos, não numa totalidade – como nada nessa vida. Mas eles sabem. E nós somos felizes porque temos a eles, que nos sabem.
Só os amigos escutam nossa voz ao telefone e conhecem seu tom. E nós, amigos, ouvimos tantas lamentações quantas forem possíveis. Perdeu o emprego? Está sem grana? O cachorro morreu? Os amigos estão lá pra amenizar tudo!
Conheço muita gente, uma quantidade quase inacreditável de pessoas para os meus 27 outonos. Gente de lá da infância, gente que ralou comigo nos trabalhos que passei, gente que estudou comigo, gente que encontrei nos pontos, nos shoppings, nas avenidas e nas ruas. Gente que adoro, mas que são conhecidos, conhecidos queridos, mas que não convive, que não divide. Gente que faz parte da minha vida, mas que por uma série de motivos – os mais diferentes possíveis – recebem minha resposta infame: sim, tudo bem!
Já os amigos... ah, meus amigos! Essas pecinhas fundamentais em minha vida. Eles são poucos, apesar de ter quem ache que são muitos! E até que são... Posso contar uns dez deles. Amigos que sabem quem sou, sabem como sou. Amigos que conhecem minha dramaticidade, minha tragédia, minha euforia, minhas esquizofrenias todas. Amigos que dividem comigo as suas idiossincrasias e que está lá quando me disponho a dividir as minhas.
Além disso tudo os amigos são multifuncionais: vão ao bar, à praia ou ficam em casa. E quando estamos juntos, rindo ou chorando... É sempre bom. Porque são os nossos alicerces, são aqueles para quem as respostas nunca são as mesmas dos conhecidos: Porra... Ta tudo mais ou menos...
E o mais interessante na amizade é a capacidade de compreender que o mesmo conselho que você deu hoje pode ser retribuído amanhã! Porque só nós sabemos a dimensão de nossos problemas... E quando estamos imersos neles, não conseguimos enxergar muito bem as saídas. E aqui entram os amigos queridos, que com seu jeito próprio – bem próprio de cada um -, vai nos mostrando os caminhos possíveis. E é tudo muito simples. Basta uma palavrinha, uma conversinha, um colinho... E as lágrimas se transformam em sorrisos, o céu fica claro, tudo fica mais bonito. E no dia seguinte - na semana seguinte, no mês, no ano seguinte – lá está aquele mesmo amigo com um probleminha parecidíssimo com aquele que vc enfrentava e olha lá vc dando a ele os mesmos conselhos, o mesmo colinho?
É assim que funciona. Pra mim e para aqueles que caminham ao meu lado. Aqueles que posso contar e que sabem que podem contar comigo também. Porque somos amigos de rocha e não desdenhamos do que sentimos, por mais bobo que pareça o problema. Nós escutamos o que o outro tem a dizer. Porque no escutar, reside uma sabedoria milenar. Amigo é aquele que sabe escutar, sobretudo.
Pois bem. A indignação posta no início desse texto acontece no momento em que descubro quehá pecinhas fora do lugar... E então bate aquela tristeza... Porque às vezes há verdades que nos saltam sempre aos olhos, mas preferimos não ver. Mas o importante é que há o momento da clareza também. E as vezes é uma claridade que nos cega. As vezes é uma claridade que nos ofusca a vista. Mas o retorno é inevitável e aí, nos despedimos e seguimos com as pecinhas restantes. Tristes, mas conscientes de que “tudo na vida acontece”.
21 de outubro de 2009
"E a gente vai levando, que também sem a cachaça, ninguém segura esse rojão"
Como a mudança de casa ficou pra depois, continuo dividindo teto, agora com três rapazes. Rapazes obviamente é modo de dizer, já que falo de um de cinqüenta, um de quarenta e um de trinta. Cada um com seus quebrados. Mas depois que sentamos e organizamos as tarefas o babado ficou mais tranqüilo e como sou a mocinha casa, tratamento de princesa é o mínimo, of course.
Hoje consegui me atrasar menos. De Santa Terezinha para a Prefeirura são dez minutos de caminhada. Mas debaixo de um sol de rachar cuca um mototaxi é muito bem vindo. Por isso nas continhas do mês já entraram os dois reais diários, já que na volta é mais tranqüilo e sempre tem carona.
Até o final do ano vai ser inaugurado um supermercado pertinho de casa, o que vai facilitar bastante as coisas, além de ser da Rede Bompreço, concorrência necessária para o monopólio do G Barbosa da cidade.
A boa notícia dessa quarta é que mal cheguei e já fui convidada para fazer parte do conselho de cultura! Ainda não me interei direito da coisa, já que recebi a pouco o telefonema e preciso de mais informações sobre o que e como. Outra boa notícia – aliás, essa é A notícia do dia -, é que o ponto facultativo do dia do servidor será transferido para dia 30. Isso significa que ficarei juntinho de Juan da sexta à terça. Dia 3, quando ele completa seus 8 aninhos. Com a notícia sobre minha falta de grana, não poderei esse ano comemorar grandiosamente seu aniversário... Mas quero armar uma festinha em casa, mesmo assim, no dia 7. Preparem os guris, portanto. Farei em casa mesmo, lá no Flamengo, um rasga saco, cachorro quente, brigadeiro... Essas coisas pequeninas que não podem faltar. Ai os meninos se esguelam de brincar e fica tudo lindo. Salve a inteligência materna, voilá!
Tenho andado bastante ocupada pra não deixar a saudade invadir rasgante. Mas na hora em que deito na cama e tento fechar os olhos, quase sempre uma lágrima boba vem fazer limpeza na íris. Ontem o vinho ajudou a minimizar esse tempo, mas nem pensar fazer isso todo dia. Alcoolismo não é brinquedo que a gente se arrisque em experimentar. Aos poucos eu sei que isso vai se amenizando e sinto que o tempo vai voar e em breve estarei sentindo o cheirinho de Juan todos os dias, ininterruptamente.
O momento agora é de sabedoria para economizar. Hoje já é quarta e amanhã é dia de surpresa para o meu amor. Vou chegar de fininho, na pontinha dos pés e agarrar o meu trocinho até ele pedir penico. Que esse sol descanse o hoje e me traga o amanhã. Amém!
20 de outubro de 2009
Fudeu. fudeu...
Hoje é dia de sentar e fazer e refazer contas...
Não vai ser nada fácil segurar dois meses sem grana. Não vai ser. Mas eu vou conseguir. Sei que vou. Porque sou Isa Lorena. Ariana. E não desisto.
"Mas é que quando eu me toquei achei tão estranho... A minha barba, estava desse tamanho"
Nem tenho como desabafar inteiro, pois até eu me sinto metade agora.
Merda.
Merda fedida...
19 de outubro de 2009
Fiquei lá em salvador...
Passei o fim de semana agarrada em Juan. E pra deixar ele ontem foi um sacrifício terrível. Cheguei na sexta de surpresa. Saí daqui quase quatro da tarde e cheguei em Salvador anoitecendo ainda. Mas da saída da BR para dar a volta no Iguatemi e chegar no shopping Sumaré pra pegar meu buzú pro Flamengo demorei uma hora! Só pra dar uma noção exata da coisa, basta penar que cheguei em Salvador por volta de cinco e meia e só cheguei no Flamengo às 20h45. Pois é...
Ju tava na casa de um amigo, no condomínio. E quando ouviu minha voz, saiu correndo feito um desesperado!! Ô abraço gostoso de saudade... Demorei pra dormir olhando aquela carinha que não via há três dias.
No sábado fui pra reunião da escola, buscar suas avaliações do terceiro bimestre. Notas ótimas, 10 em inglês, 9.5 em matemática, português e história... Mas ainda disperso nas aulas, conversando demais... ô deus.. a quem esse menino saiu heim? Rs
Almoçamos depois de um sermãzinho básico sobre comportamento e atenção e Juan inventou de ir para piscina, antes de sair. Íamos assistir ao Clown de Déia e não fomos. Terminamos ficando em casa mesmo. Antes fomos buscar Ágata em casa minha sobrinha linda que não via há tempos! Fomos ainda comer pizza de cone e Juan finalmente pode fazer o desenho que tanto queria, de um dragão que fica estampado na porta de vidro da loja de Tatuagem. O pivete pediu um banquinho emprestado na pizzaria e foi se prostar em frente à loja pra desenhar, arrancando comentários dos que passavam, claro.
As crianças fizeram farra até tarde, of course e só pregaram os olhos lá pra uma da matina.
No domingo acordamos meio tarde e não dava mais praia. Resolvemos então ficar na piscina do clube mesmo. Uma farra deliciosa!! Juan está nadando cada dia melhor! Parece um peixinho! Eles foram na frente e eu fui depois. E eu adoro a obediência de Juan, porque não é uma obediência cega, é uma noção de responsabilidade muito madura. Ele não vai pra piscina funda sem eu estar por perto. Mas também bastou eu chegar pra ele me dar aquele sorriso e se jogar!
Ficamos nessa vida boa até uma e pouquinho e eu precisava correr pra dar tempo de tudo! Tinha de ir levar ágata em casa, ir ver Carol no teatro e voltar pra Alagogó. Louca, claro. Pois foi o que fiz. E de mala na mão! Mas deu tudo tão certinho que ainda cheguei no teatro às quatro e 40.. por aí...
Não quero ficar lembrando da hora da despedida com Juan. Basta dizer que tive uma súbita vontade de desistir de tudo isso, pra entender o drama... Mas vamos em frente. Isso é muito importante para o nosso futuro.
No teatro, uma surpresa muito maravilhosa. Além de ver o meu anjo de cabelos negros atuando divinamente, segurando um texto enorme de uma hora e meia, recebi o maior presente que poderia nesse ano: o seu retorno. Aquele abraço, aquele olhar, aquelas palavras e aquelas lágrimas... eu escutava e não acreditava... Ela estava ali nos meus braços novamente, éramos a mesma simbiose de antes, duas irmãs, duas almas que não podem se perder... Foi indescritível. ...
Saí do teatro tão feliz, tão feliz, que durante a volta eu flutuava... E tudo se misturava às minhas lágrimas: a saudade de Juan, o medo desse desafio, a volta de minha Carol, seu texto forte, meus amigos todos em Salvador, tudo, tudo e mais um pouco... foram duas horas de estrada, duas horas de um céu estrelado bonito... Duas horas entre lá e aqui, entre o agora e um depois.
Fiquei lá em salvador...
16 de outubro de 2009
Informe urgente!
De fato, erro meu: Não tinha configurado o babado... daí a dificult.
Mas agora já está tranquilo... podem conferir!
15 de outubro de 2009
Notícias de Alagogó
De salvador pra cá são duas horas de viagem se vier de expresso - mais caro mas incomparavelmente melhor. A estrada não é das melhores, então em alguns trechos é impossível concentrar na frente dos olhos um livro. A paisagem é aquela: mato pra todos os lados. O ônibus faz uma única parada em Catu e segue rumo alagogó.
A rodoviária daqui é precária, o que me fez ter uma péssima impressão logo de cara quando vim pela primeira vez, na semana passada, na sexta. A cidade é relativamente pequena. Territorialmente Alagoinhas é grande, mas a parte urbanizada da cidade mesmo dá pra conhecer em uma hora e meia de carro. Vim pra trabalhar na assessoria da prefeitura, com mais trës jornalistas. Aqui comunicação tem status de Secretaria e ao todo são 19 secretarias pra dar conta!
Quando cheguei na cidade fui direto pra Ascom. Já havia conhecido o pessoal quase todo na sexta, uma equipe bastante heterogênia e interessante. Vim de mochilão, bolsa e nécessaire, rs. Vim sabendo que teria de ficar hospedada num hotel por uma ou duas noites até encontrar um lugar pra ficar. A idéia era alugar um quarto, uma suíte e tal, o básico pra sobreviver na semana. Mas aí veio a surpresa de um convite para dividir casa com um dos colegas de trabalho, rachar aluguel etc, o que sai baratinho no fim das contas, muito mais que alugar sozinha um lugar.
Feliz com a notícia, fomos ver a casa, que fica a dez minutos de paletada da Prefeitura. A casa é fantástica e tem um quarto suíte só pra mim! Pois bem. Saímos da Ascom somente às 19h, fechando o boletim e fomos direto para a sede da AABB. Pausa: note que eu saí de Salvador de manhã cedo, viajei, trabalhei o dia inteiro – com direito a idas e voltas da prefeitura em busca de aspas de prefeito e secretários e nadinha de banho... Pois é. A AABB fica um tantinho distante, mas fomos de carro e tal. Aliás, dinheiro de transporte aqui eu vou gastar pouco, tanto porque é tudo perto, quanto porque não faltam carros e caronas.
Fiquei meio deslocada quando cheguei lá. Além de estar cheio o local eu tava suja, né? E descabelada, diga-se de passagem. E aí fomos sentar justo na mesa dos Secretários e do Prefeito, rs. Mas aí acabou o deslocamento assim que fui apresentada a todos. Coisa diferente é o interior. Ainda que em todos os lugares os egos e as vaidades mais extremadas estejam presentes, aqui a coisa é diferente e como estou falando de esfera política, realmente não dá pra explicar a simpatia desse povo, só vendo... De todos, o que eu mais me afinei foi com o secretário de cultura, of course. Uma figura e muitíssimo simpático.
Muito papo e discursos depois, veio o que eu não esperava: apresentação de Jau! Na mesma hora mandei uma mensagem pra Ivanna, claro, dizendo que até em Alagoinhas eu via o hômi! Rs
O show foi massa. Dancei miudinho, comportadinha, mas dancei. E no fim todos caíram mesmo na folia e até a Secretária de Educação soltou o gogó e foi cantar com Jau. Uma delícia. No meio da noite, sentada num puf fumando meu cigarro, tive uma sensação boa, vendo aquela gente junta, uma sensação de que Alagoinhas vai me pegar pelo pé... É meio difícil não gostar daqui. Foi a impressão forte que tive ontem. Saímos de lá quase duas da manhã e a chefa foi nos deixar em casa. Pareceu que vivi uma semana em um dia, sabe?
Hoje deu trabalho acordar. Tanto que não consegui falar com Juan antes dele ir pra escola e só nos falamos agora à tarde. Comecei a escrever esse “boletim” de manhã, de casa. Mas como já estava atrasada pra vir trabalhar, estou cá a dar continuidade a ele à tarde, finzinho de horário de almoço. Daí que já tenho a novidade do dia pra contar: meu pai, de Salvador, conseguiu uma casa pra eu ficar aqui, que pretendo ir ver hoje ainda. Casa de gente conhecida e tal e com aluguel baratinho, quase o que ia gastar dividindo com o colega.
Meu pai, inclusive, merece um parágrafo à parte aqui. Porque um pai melhor que ele... difícil de encontrar. Só pra dar uma vaga idéia da coisa, ele está esses dias lá em casa, só pra ficar com Juan... Além de estar me dando toda força que preciso pra essa nova empreitada. Só ele mesmo.
Hoje tem outro evento pra cobrir, dessa vez mais light e mais cedo. Rapaz, o povo de Alagoinhas bebe demais! “Quando acabar o maluco sou eu”... rs
Pra não esquecer de ninguém nos e-mails, vou escrever sempre sobre a vida em Alagogó no Poéticas: www.poeticacotidiana.blogspot.com. Daí não ficamos longe e a saudade fica pouca.
Esse fim de semana é o meu plantão. Mas como Prefeito viaja na sexta e nada indica de que acontecerá bulhufas na cidade, vou ficar aqui sábado pela manhã e estando tranqüilo, parto para Salvador à tarde. A peça de Déia vai ficar pra depois provavelmente; e a peça de Carol, só no domingo antes de voltar.
Saudades muitas é do cheiro de Juan. Mas eu nem vou ficar falando sobre isso, deixa aqui guardadinho e controlado... rs
7 de outubro de 2009
"Pé quente, cabeça fria"
"Novos desafios brotarão em sua existência. Você poderá até ficar com um pouco de medo de topar a parada, mas o recomendável é que você vá pelas trilhas que não lhe parecerem fáceis e cômodas. Atire-se, arrisque-se, faça valer sua confiança em si! Quanto mais empolgação você transmitir, mais conquistará corações, mais convencerá as pessoas que você deseja convencer. É tudo uma questão de acreditar mais em si mesmo e não deixar que críticas “joguem areia” em suas idéias e movimentos"
Batata... rs
5 de outubro de 2009
Dia de luz, festa de sol e um barquinho a flutuar no macio azul do mar"
A aldeia já não é mais a mesma. As pessoas que frequentam não são as mesmas. Mas os moradores, em sua maioria, ainda são. O Luis, por exemplo, é o maior exemplo. Um hippie de verdade, da cabeça aos pés, com sua ideologia forte, inteligência aguçada, sorriso aberto e casa aberta. Há quem se aproveite disso, sempre há. Antes de ir embora, mais uma prova de seu caráter: um rapaz passou com a família na frente da casa. Caiu a carteira. Alguém encontrou. Luis viu. E correu pra encontrar o cara, que já estava doido, já na estrada de barro, sem saber onde havia perdido seus pertences.
Arembepe dos coqueiros. Dos hippies. Da vida pulsando em sintonia com o vento...
E pra completar, no fim do domingo, ao rever Juan, que estava com o papai a passear, ouvi uma bronca daquelas. "Mas mãe! Porque não me chamou pra ir com vc!". E ainda levei outra bronca feia mais tarde pela falta do protetor solar. Pois é...
Fiquei com as bochechas vermelhas do sol e com a alma viva... Fiquei com vontade de não demorar a voltar... Com Juan, claro, pra não ouvir sermão depois!
1 de outubro de 2009
"Tô trancado aqui no quarto, de pijama, porque tem visita estranha na sala, aí, eu passo a vista no jornal"
Queria descrever a poética cotidiana dos meus dias aqui, como faço em casa, sentada na latrina, antes de dormir. Mas sem net em casa fica chato, porque eu parto inevitavelmente para o papel e a tinta me consome os devaneios todos. As vezes eu tenho lapsos de vontade de escrever sobre o que se passa nas manhãs que antecedem meu enontro com a net - e consequentemente com minha possibilidade de escrever e postar; mas tudo se perde, não como se fossem devaneios tolos, pois se perdem pra dentro. Se perdem porque para ser resgatados seria preciso um tempinho bacana e tal...
Não tenho nada contra fazer do blog um diário aberto interessante. Mas sigo achando que se fosse possível fazê-lo no fim dos dias, seria ótimo. Por enquanto, não dá.
Vamos em frente. Para aqueles que reclamam pela falta de textos por aqui, peço paciência. E fazer greve de comentários é injusto! e não resolve o problema! rs
Já já resolvo essa questão da net/casa. E vamo ver agora quem é que vai 'guentar', como diria o Raul.
28 de setembro de 2009
"Deixa, deixa, deixa eu dizer o que penso dessa vida. Preciso demais desabafar..."
E também tendemos a acreditar que os outros são sempre mais felizes que nós.
Essas bobagens todas que deixamos que nos levem, nesses instantes de apreciação da vida alheia...
A dor de cabeça não passa!
"Tudo que eu quero é um acorde perfeito maior, com todo mundo podendo brilhar num cântico"
Hoje é segunda feira e eu queria decretar feriado! O fim de semana foi o melhor dos últimos tempos, sem dúvidas. Sabe quando se está num lugar tão dentro da cidade, mas que de repente vc percebe que esqueceu disso? Foi um mero detalhe estar em Piatã, tão perto de casa!
Na verdade eu estava numa casa de campo, vendo queimar no enorme quintal uma fogueira, rodeada de pessoas interessantes. Que coisas linda. Faz tempo que uma noite de sábado e um dia de domingo são tão magníficos, tão rejuvenescedores...
Tomar um remedinho e aquietar os olhos um pouco. São 10 da manhã. Talvez um cochilo resolva. será?
26 de setembro de 2009
Desfrutando a sorte de um amor tranquilo...
...
Feliz com o aumento significativo de autoconfiança.
Feliz com essa paz de agora.
Feliz de saber que a minha profundidade também me fortalece.
25 de setembro de 2009
"Na lata do poeta tudo-nada cabe. Pois ao poeta cabe fazer, com que na lata venha a caber, o incabível"
Juan, of course. Hoje de manhã, a caminho do médico.
21 de setembro de 2009
"Eu vejo a vida melhor no futuro. eu vejo isso por cima do muro de hipocrisia, que insiste em nos rodear"
...
Já é quase fim dessa segunda maresia e eu quero muito fazer rápida fuga numa sala de cinema. Hoje dormi no ônibus com direito a sonho! E na hora de descer na Praça da Sé me deu uma vontade imensa de sentar simplesmente até não ter mais aquele sol pra rachar minha cabeça!
E hoje também tem a abertura da exposição de Sofhie Calle, que transformou dor em arte, recolhendo reações de outros artistas acerca da carta de despedida de um ex-namorado. A Exposição fica no MAM até 22 de novembro. Daí que juntando o pedacinho de cima com o de baixo, quero deixar um recadinho àqueles rancorosos de plantão, que no lugar de plantar flores nas calçadas, saem por aí mandando o mundo tomar no cú: Cuide de Você.
Very, very important...
18 de setembro de 2009
“A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer. A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer”.
Eu sempre quis ter barbas, mas outras coisas estão caindo em seu lugar; a diferença já é pouca nessa hora. Hoje eu vi, entre uma cochilada e outra em minha viagem, o azul estupidamente gelado do mar. Como eu queria me jogar ali, como eu queria me jogar inteira nua, todo ele em mim e eu a penetrá-lo num orgasmo só. Que azul, que tons de azul intenso... E a maré cheia...
Campeonato de surf em Patamares, as três pontes de Jaguaribe - que me fazem lembrar da infância, quando ia de mãos dadas a minha mãe passar o dia quebrando ondas no pedaço de mar em frente à barraca Mordomia. Uma delícia. Ainda está lá a barraca.
Tem os coqueiros de Jardim de Alah emoldurados pelo céu. Ali eu gosto azul ou cinza, é sempre lindo. E tem o Rio Vermelho, a Praia da paciência com sua curva, sua faixa de areia em declínio e as ondas semi-brutas. Ainda ali tem a ponta da Pedra da Sereia, as pedras e o mar contrastando suas cores... Aí tem o morro do cristo, aquele mar bravio e incerto... E tem a Barra, tem o Farol. Não ele exato, mas seu mar dos lados. Aquela faixinha de praia deserta antes do porto... E o Porto. Que é cenário composto de pessoas mesmo e deixa uma saudade quando o ônibus vira pra subir a ladeira. Mas aí vem o mar da Contorno apaziguar tudo, deixar vontade de descer, de ali ficar.
Depois é só susto. Avenida Sete, amontoado de gente pra lá e pra cá na Piedade e na Sé... E daí que fica em mim essa vontade de mar durante o dia, me alimentando daquele azul da manhã. Mas daqui de cima, do alto da janela que espreita o mar da baía, posso sentir o sol se pôr tão lindo quanto: quando o dia se despede, o sol projeta os seus vermelhos até que se finde a sua luz, deixando aberta a possibilidade de que o preto do céu nos envelheça.
Salve Salvador.
16 de setembro de 2009
“Dona do sim e do não diante da visão da infinita beleza”
Arf.
Cansa. É uma estabanação só. Mesmo que no final eu tenha realizado tudo aquilo a que me propus, é um gasto de energia filadaputa. E o pior é que no fundo do fundilho, eu gosto de ser assim! Valha-me deus, nossa senhora...
...
Ontem na viagem de volta pra casa – minhas duas horas de buzú pela orla de Salvador -, deu um estalo de pensar em meu nome, que eu adoro de paixão... Esse Isa tão diferente do Lorena, esse complemento, esse som fluido que dele emana. E dentre os devaneios, concluí que Lorena é o meu lado frágil, em oposição ao Isa; Mas compreendam que não se trata de questões etmológicas, mesmo sendo Isa = fogo e Lorena = calma; é uma questão contextual mesmo, aliterações infantis e outras incongruências. Mas independente do peso das partes, esse todo – Isa Lorena – é algo forte, uníssono. E eu gosto muito, muito de ser esse signo.
...
Quase primavera nesse setembro de sol com chuva. Juan caminhando para completar seus oito anos e nove meses de vida, com suas múltiplas inteligências bem desenvolvidas, com a saúde própria daqueles que se fartaram de leite de peito, apenas atormentado pela renite cada ano mais fraquinha... boa dicção, boa postura e bons modos, mantendo acesa, no entanto, as faíscas próprias da infância. Uma delícia. Meu filho. Minha cria. Meu pedaço. Meu dele. Meu do mundo. Compreensão difícil sim. Alguma dor, algumas lágrimas. Maternidade aflorada. Aceitação.
2010 já chegou na minha agenda. Nos planos ele já havia. E quando faltam três meses pra fechar o ciclo ocidental doismilenovístico, tudo parece correr. Mas é preciso caminhar sem pressa, às vezes. E quando nossas pernas são ligeiras de fábrica, vale uns ajustes, umas parafusadas até... Mas sem paralisias. Jamé.
15 de setembro de 2009
“Deixa eu decidir se é cedo ou tarde... Espera eu considerar”
Por essas, por outras e por nenhuma coisa é que declaro o retorno do poéticas em sua essência. Sou eu de volta, Isa Lorena, vomitando prosa poética pra todos os lados, como quem com febre espreita a morte, como quem deseja alinhar-se ao mundo antes do último suspiro. É o que fica de mim. É o que sou, na construção de ser.
Estamos cá em setembro, quase outro ano já. Resolvi mudar o poéticas de endereço como quem corta o cabelo na esperança de com ele renascer. Queria um blog de curtas, quase mudo o nome dele, inclusive. Mas depois desses dias que passaram, eu olhava para cá e só gostava da estética estrutural, com esse vermelho brutal a introduzir o assunto. E então eu percebi que não adianta inverter o curso do rio com uma tora de madeira, porque inevitavelmente suas águas ultrapassarão o obstáculo, escondendo-o em seu leito como se vareta fosse.
Deixa eu me dizer. E como canta a Mariana Aydar tão gostosamente, “Deixa o verão pra mais tarde”. Já sou concisa demais no dia-a-dia trabalhístico, já tenho cá um blog só de contos picantes, outro só de indicações de outros blogs, uma tentativa de pequenos ensaios sobre cultura e um de ficção. Então eu conversei comigo e decidimos juntas, a Isa e a Lorena, que faríamos deste um blog descompromissado, um acolhedor de textos em seus estados primitivos, o cuspe, o catarro da palavra rasgada sem medo, o lugar do espasmo, da falta de regra, do desfecho inesperado, das frases inacabadas; essa poética cotidiana, enfim, que nos toma de gole mesmo.