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15 de outubro de 2009

Notícias de Alagogó

Nem todos sabem que estou em Alagoinhas, ou melhor, Alagodé, no melhor estilo Alagoinhense. É que tudo aconteceu de repente na semana passada e lá estava eu ontem, as oito e meia da manhã, partindo de salvador. Partindo também é exagero de poeta, vcs me desculpem.. rs. Porque o que acontece á que até o comecinho de dezembro eu estarei na cidade durante a semana e nos fins de semana - quando não for o meu plantão - estarei em salvador agarrada em Juan, obviamente.

De salvador pra cá são duas horas de viagem se vier de expresso - mais caro mas incomparavelmente melhor. A estrada não é das melhores, então em alguns trechos é impossível concentrar na frente dos olhos um livro. A paisagem é aquela: mato pra todos os lados. O ônibus faz uma única parada em Catu e segue rumo alagogó.

A rodoviária daqui é precária, o que me fez ter uma péssima impressão logo de cara quando vim pela primeira vez, na semana passada, na sexta. A cidade é relativamente pequena. Territorialmente Alagoinhas é grande, mas a parte urbanizada da cidade mesmo dá pra conhecer em uma hora e meia de carro. Vim pra trabalhar na assessoria da prefeitura, com mais trës jornalistas. Aqui comunicação tem status de Secretaria e ao todo são 19 secretarias pra dar conta!

Quando cheguei na cidade fui direto pra Ascom. Já havia conhecido o pessoal quase todo na sexta, uma equipe bastante heterogênia e interessante. Vim de mochilão, bolsa e nécessaire, rs. Vim sabendo que teria de ficar hospedada num hotel por uma ou duas noites até encontrar um lugar pra ficar. A idéia era alugar um quarto, uma suíte e tal, o básico pra sobreviver na semana. Mas aí veio a surpresa de um convite para dividir casa com um dos colegas de trabalho, rachar aluguel etc, o que sai baratinho no fim das contas, muito mais que alugar sozinha um lugar.

Feliz com a notícia, fomos ver a casa, que fica a dez minutos de paletada da Prefeitura. A casa é fantástica e tem um quarto suíte só pra mim! Pois bem. Saímos da Ascom somente às 19h, fechando o boletim e fomos direto para a sede da AABB. Pausa: note que eu saí de Salvador de manhã cedo, viajei, trabalhei o dia inteiro – com direito a idas e voltas da prefeitura em busca de aspas de prefeito e secretários e nadinha de banho... Pois é. A AABB fica um tantinho distante, mas fomos de carro e tal. Aliás, dinheiro de transporte aqui eu vou gastar pouco, tanto porque é tudo perto, quanto porque não faltam carros e caronas.

Fiquei meio deslocada quando cheguei lá. Além de estar cheio o local eu tava suja, né? E descabelada, diga-se de passagem. E aí fomos sentar justo na mesa dos Secretários e do Prefeito, rs. Mas aí acabou o deslocamento assim que fui apresentada a todos. Coisa diferente é o interior. Ainda que em todos os lugares os egos e as vaidades mais extremadas estejam presentes, aqui a coisa é diferente e como estou falando de esfera política, realmente não dá pra explicar a simpatia desse povo, só vendo... De todos, o que eu mais me afinei foi com o secretário de cultura, of course. Uma figura e muitíssimo simpático.

Muito papo e discursos depois, veio o que eu não esperava: apresentação de Jau! Na mesma hora mandei uma mensagem pra Ivanna, claro, dizendo que até em Alagoinhas eu via o hômi! Rs

O show foi massa. Dancei miudinho, comportadinha, mas dancei. E no fim todos caíram mesmo na folia e até a Secretária de Educação soltou o gogó e foi cantar com Jau. Uma delícia. No meio da noite, sentada num puf fumando meu cigarro, tive uma sensação boa, vendo aquela gente junta, uma sensação de que Alagoinhas vai me pegar pelo pé... É meio difícil não gostar daqui. Foi a impressão forte que tive ontem. Saímos de lá quase duas da manhã e a chefa foi nos deixar em casa. Pareceu que vivi uma semana em um dia, sabe?

Hoje deu trabalho acordar. Tanto que não consegui falar com Juan antes dele ir pra escola e só nos falamos agora à tarde. Comecei a escrever esse “boletim” de manhã, de casa. Mas como já estava atrasada pra vir trabalhar, estou cá a dar continuidade a ele à tarde, finzinho de horário de almoço. Daí que já tenho a novidade do dia pra contar: meu pai, de Salvador, conseguiu uma casa pra eu ficar aqui, que pretendo ir ver hoje ainda. Casa de gente conhecida e tal e com aluguel baratinho, quase o que ia gastar dividindo com o colega.

Meu pai, inclusive, merece um parágrafo à parte aqui. Porque um pai melhor que ele... difícil de encontrar. Só pra dar uma vaga idéia da coisa, ele está esses dias lá em casa, só pra ficar com Juan... Além de estar me dando toda força que preciso pra essa nova empreitada. Só ele mesmo.

Hoje tem outro evento pra cobrir, dessa vez mais light e mais cedo. Rapaz, o povo de Alagoinhas bebe demais! “Quando acabar o maluco sou eu”... rs

Pra não esquecer de ninguém nos e-mails, vou escrever sempre sobre a vida em Alagogó no Poéticas: www.poeticacotidiana.blogspot.com. Daí não ficamos longe e a saudade fica pouca.

Esse fim de semana é o meu plantão. Mas como Prefeito viaja na sexta e nada indica de que acontecerá bulhufas na cidade, vou ficar aqui sábado pela manhã e estando tranqüilo, parto para Salvador à tarde. A peça de Déia vai ficar pra depois provavelmente; e a peça de Carol, só no domingo antes de voltar.

Saudades muitas é do cheiro de Juan. Mas eu nem vou ficar falando sobre isso, deixa aqui guardadinho e controlado... rs

Um comentário:

  1. Gente, tive uma vez em alegodeba e a sensação é exatemente essa que você relatou. O povo de lá bebe pra caralho, mas é muito educadinho. Adorei também o mochilão, a bolsa e a necessaire. Guarde um quarto com suíte pra mim e Léo quando formos te visitar. Sucesso nega! Bjão

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