Estar de TPM significa estar com os poros todos abertos, dilatados, com todos os sentidos afetados. Todos os meses, o mesmo período sentido e vivido de formas diferentes. Desta vez, uma melancolia, uma sensibilidade aumentada, aquelas lágrimas que esqueceram de cair nos dias normais. E é fim de mês. Sem grana no banco e no bolso, caminhando contra o vento. O lado bom? Tem sim: um final de semana romântico, um amor florescendo, inimaginável... e uma frase inesquecível, com aqueles olhos dele penetrando em mim: “eu sempre procurei por você”.
30 de agosto de 2010
27 de agosto de 2010
26 de agosto de 2010
A velha paciência...
Sempre gostei de trabalhar, criar, construir e sempre vi o trabalho como exercício vital para a construção do ser. E dentro de tantas nuances, conceitos e paradigmas, trabalhar com alguma coisa por mera necessidade de sobrevivência continua sendo o pior de todos os males, para mim. Empreender algo para o crescimento alheio e não pessoal. Isso é terrível, fazendo perdurar sensações de impotência que nos adoecem, pouco a pouco... por isso, mais do que nunca, “é preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê”.
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25 de agosto de 2010
Vivendo e aprendendo a jogar. Sempre!
“(...) e como agora eu vejo tudo na peerspectiva de um jogo, pense q existem vários desafios na nossa vida pra gente conseguir zerar o jogo... mas n tem graça mais qdo o jogo acaba...pq o prazer maior eh jogar...”
Palavras de Lygia, minha pequena. E não é que eu estive pensando sobre essa perspectiva sem pensar que isso era uma perspectiva há poucos dias? Pois é. Chegar ao game over é a isca pendurada no anzol à nossa frente*. O que nos move atrás dela é a curiosidade, a vontade de saber mais sobre nós e sobre a própria vida, afinal, como diz a nova propaganda do Canal Futura – que eu adoro demais inclusive: o conhecimento é irresistível.
Passamos por fases, também chamadas de ciclos. Eternos retornos, ondas que se refazem, sempre diferentes, as vezes até contraditórias. Desafios, novas metas, ritos de sobrevivência na selva mais louca que somos nós. A cada nova fase, acúmulos de vidas, prontas para serem gastas com os erros mais escrotos. Muitas vezes, inclusive, é preciso resetar e começar tudo de novo, dessa vez, buscando novos ângulos, novas perspectivas. E assim, enxergando novas possibilidades, é possível chegar em fases mais e mais adiantadas a cada jogada, sempre com novas emoções, sempre com novos desafios a nos impulsionar.
E todas as escolhas são cabíveis, afinal, não escolher também é uma escolha. Ou não é? Quando acreditamos que não decidir nos torna neutros em determinado processo, chegam as conseqüências e nos mostram que quem fica parado também vai adiante, já que o mundo não para de girar num só instante e o tempo, como nuvens transitórias, passeia à mercê da gente.
E como Lygia concluiu, o prazer maior é o de jogar. Arriscar-se, atirar-se, comprometer-se, enfiando o pé nas jacas todas, lambuzando-se de vida, desejando novos sóis, novas faíscas. Eis o grande barato. E entre saltos e atalhos, descobrir-se. Até que o fim do jogo chegue, inevitável. E quem sabe, perpetuando-se no vazio até que o jogo recomece...
Palavras de Lygia, minha pequena. E não é que eu estive pensando sobre essa perspectiva sem pensar que isso era uma perspectiva há poucos dias? Pois é. Chegar ao game over é a isca pendurada no anzol à nossa frente*. O que nos move atrás dela é a curiosidade, a vontade de saber mais sobre nós e sobre a própria vida, afinal, como diz a nova propaganda do Canal Futura – que eu adoro demais inclusive: o conhecimento é irresistível.
Passamos por fases, também chamadas de ciclos. Eternos retornos, ondas que se refazem, sempre diferentes, as vezes até contraditórias. Desafios, novas metas, ritos de sobrevivência na selva mais louca que somos nós. A cada nova fase, acúmulos de vidas, prontas para serem gastas com os erros mais escrotos. Muitas vezes, inclusive, é preciso resetar e começar tudo de novo, dessa vez, buscando novos ângulos, novas perspectivas. E assim, enxergando novas possibilidades, é possível chegar em fases mais e mais adiantadas a cada jogada, sempre com novas emoções, sempre com novos desafios a nos impulsionar.
E todas as escolhas são cabíveis, afinal, não escolher também é uma escolha. Ou não é? Quando acreditamos que não decidir nos torna neutros em determinado processo, chegam as conseqüências e nos mostram que quem fica parado também vai adiante, já que o mundo não para de girar num só instante e o tempo, como nuvens transitórias, passeia à mercê da gente.
E como Lygia concluiu, o prazer maior é o de jogar. Arriscar-se, atirar-se, comprometer-se, enfiando o pé nas jacas todas, lambuzando-se de vida, desejando novos sóis, novas faíscas. Eis o grande barato. E entre saltos e atalhos, descobrir-se. Até que o fim do jogo chegue, inevitável. E quem sabe, perpetuando-se no vazio até que o jogo recomece...
*
L: menina..
to lendo
to lendo
eu: rs
obrigada pela provocação! adorei! veja se gosta
L: tô gostando.. mas..uma pergunta de leitora para autora..
eu: diz
L: o q vc quis dizer qdo: "Chegar ao game over é a isca pendurada no anzol à nossa frente"
eu: pense um pouco... pense em nós como peixes sedentos
L: minha pergutna eh pq..game over..eh o fim..
eu: seria a mesma coisa se eu dissesse
L: e nem sempre queremos apesar dele nos ameaçar..
eu: como cachorros tentando alcançar o proprio rabo
L: e eh o fim "perdendo, morrendo"
eu: mas essa é a questão. nesse caso o game over não é o fim da vida necessariamente se a vida é feita de ciclos, estamos fadados a chegar a diversos games overs sempre né?
L: nesse caso eh..pq a gente pode começar do zero..
eu: isso. resetar. e no final, quem sabe? começar de novo e de novo...
como algumas teorias sugerem..
L: mas, dentro do jogo em si...se pensando sendo personagem....imagine q os desafios sao criar estrategias para resolkver os desafios e tbm se livrar das armadilhas. mas sempre estamos em busca do "chefao"...o desafio maior...so q pra chegar nele, eh indispensavel passar pelos desafios menores e se encher de "poderes e armas", q vao te ajudar a superar o desafio maior..
eu: concordo plenamente
L: to lendo o outro agora: patrao
eu: vc acha que a ideia la desfaz essa aí?
eu acho que não
o patrão nosso... é sobre esperar. sobre paciência.
obrigada pela provocação! adorei! veja se gosta
L: tô gostando.. mas..uma pergunta de leitora para autora..
eu: diz
L: o q vc quis dizer qdo: "Chegar ao game over é a isca pendurada no anzol à nossa frente"
eu: pense um pouco... pense em nós como peixes sedentos
L: minha pergutna eh pq..game over..eh o fim..
eu: seria a mesma coisa se eu dissesse
L: e nem sempre queremos apesar dele nos ameaçar..
eu: como cachorros tentando alcançar o proprio rabo
L: e eh o fim "perdendo, morrendo"
eu: mas essa é a questão. nesse caso o game over não é o fim da vida necessariamente se a vida é feita de ciclos, estamos fadados a chegar a diversos games overs sempre né?
L: nesse caso eh..pq a gente pode começar do zero..
eu: isso. resetar. e no final, quem sabe? começar de novo e de novo...
como algumas teorias sugerem..
L: mas, dentro do jogo em si...se pensando sendo personagem....imagine q os desafios sao criar estrategias para resolkver os desafios e tbm se livrar das armadilhas. mas sempre estamos em busca do "chefao"...o desafio maior...so q pra chegar nele, eh indispensavel passar pelos desafios menores e se encher de "poderes e armas", q vao te ajudar a superar o desafio maior..
eu: concordo plenamente
L: to lendo o outro agora: patrao
eu: vc acha que a ideia la desfaz essa aí?
eu acho que não
o patrão nosso... é sobre esperar. sobre paciência.
L: eu acho q a getne n busca o game over...pq no game over, vc se fode..a gente quer zerar, na minha opiniao...mas ao mesmo tempo, a gente n quer q o jogo acabe..
eu: hum..
mais ou menos. vc pode simplesmente ir zerando todas as fases até não haver mais pra onde ir
e fim. todo jogo tem um fim, ainda que se criem novas armadilhas depois.. continuações e tal
L: mas game over eh perder..qdo a gente joga, a gente joga pra ganhar..
eu: essa é justamente a dicotomia que nos move dentro da vida. a gente quer zerar mas não quer, ao mesmo tempo! pense melhor...game over não é exatamente perder... depende de como vc vê. game over pode ser também apenas o fim de um jogo e ponto. o fim de um para se iniciar outro. se tem sempre um fim, vc não quer chegar lá?
L: sim, sim..
porem...se vc toma um game over...vc n avança ...eh isso entende?
eu: repare que tem quem jogue e se boicote com medo de chagar o fim do jogo...
entendo a sua visão sim! mas eu tô vendo cá de outro ângulo
L: sim..
eu percebi..
realmente tem..
eu: vc pode não "tomar" um game over.
L: tem gente q toma game over e parte pra outro jogo..
eu: vc pode simplesmente ir jogando a avançando.. até o fim
L: tem gente q insiste
eu: isso! tem também quem nem queira começar
...
L: eh..
hihihihihiiiiiiiiiiiiiiii
eu: cada um joga - e encara o jogo - de uma maneira diferente
e por isso tantas pessoas jogam o mesmo jogo
que risada fricotada foi essa aí??
L: o tamanho dessa discussao..
foi bom..
eh bom
eu: hum..
mais ou menos. vc pode simplesmente ir zerando todas as fases até não haver mais pra onde ir
e fim. todo jogo tem um fim, ainda que se criem novas armadilhas depois.. continuações e tal
L: mas game over eh perder..qdo a gente joga, a gente joga pra ganhar..
eu: essa é justamente a dicotomia que nos move dentro da vida. a gente quer zerar mas não quer, ao mesmo tempo! pense melhor...game over não é exatamente perder... depende de como vc vê. game over pode ser também apenas o fim de um jogo e ponto. o fim de um para se iniciar outro. se tem sempre um fim, vc não quer chegar lá?
L: sim, sim..
porem...se vc toma um game over...vc n avança ...eh isso entende?
eu: repare que tem quem jogue e se boicote com medo de chagar o fim do jogo...
entendo a sua visão sim! mas eu tô vendo cá de outro ângulo
L: sim..
eu percebi..
realmente tem..
eu: vc pode não "tomar" um game over.
L: tem gente q toma game over e parte pra outro jogo..
eu: vc pode simplesmente ir jogando a avançando.. até o fim
L: tem gente q insiste
eu: isso! tem também quem nem queira começar
...
L: eh..
hihihihihiiiiiiiiiiiiiiii
eu: cada um joga - e encara o jogo - de uma maneira diferente
e por isso tantas pessoas jogam o mesmo jogo
que risada fricotada foi essa aí??
L: o tamanho dessa discussao..
foi bom..
eh bom
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Isa Lorena
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E como diz o Arnaldo...
"As coisas têm peso, massa, volume, tamanho, tempo, forma, cor, posição, textura, du-ração, densidade, cheiro, valor, consistência, pro-fundi-dade, contorno, temperatura, função, aparência, preço, des-tino, idade, sentido. As coisas não têm paz".
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24 de agosto de 2010
O patrão nosso de cada dia, dia após dia.
Pronto. Taí uma coisa que eu detesto: esperar. Esperar nas filas, esperar um telefonema, uma resposta, um emprego, um aviso, o trem, qualquer coisa. E é exercitar a paciência a atividade number one de minha vida. Desde os tempos de outrora, desde que eu era sementinha até, eu acho, porque segundo os relatos maternos, eu já nasci assim, sedenta, querendo tudoaomesmotempoagora. E a minha melhor desculpa continua sendo o fato - fatídico - de ser ariana até a alma.
Isso não é bom. Eu sei, vc sabe, mas no final todos somos um pouco ansiosos, cada qual no seu quadrado, cada um da sua maneira. E sabe? Eu quero mudar. Sempre quero, sempre tento e claro! Sempre estou mudando. Sempre. Mas continuo agoniada mesmo, no frigir dos ovos. Continuo querendo tudo logo.
Hoje, aos 28, eu vejo que estou no caminho que quero seguir, me tornado mais calma, mais serena, equilibrando mais as coisas, ponderando mais, refletindo antes e aprendendo dia-a-dia, a esperar. Talvez o mais correto seja dizer que estou aprendendo, na verdade, a preencher melhor os tempos de espera. Deve ser isso sim. Porque se analisar minuciosamente, posso observar que a leitura e a musica, por exemplo, preenchem lacunas que antes ficavam abertas, sendo sentidas em cada segundo de existência.
Hoje não. Vivendo numa cidade menor, a qualidade de vida, neste sentido das esperas burocráticas, por exemplo, diminuíram bastante. Se antes eu levava duas horas dentro de um ônibus no trajeto casa/trabalho, hoje quinze minutos de paleta ou cinco de carro resolvem o trajeto. O correio fica perto do trabalho, o cinema fica perto de casa... Mas ainda há, claro, as inevitáveis filas do banco, do supermercado e da lotérica e a estrada que me separa do mar e dos amigos em Salvador.
Esperar com paciência, acredito, é um exercício diário. E eu quero mais. Quero exercitar mais. E talvez por ser tão difícil é que seja mais gostoso mesmo. E enquanto o tempo passa, as horas passam, os anos passam e os cabelos brancos chegam, haja chá de camomila todo dia de manhã!
Isso não é bom. Eu sei, vc sabe, mas no final todos somos um pouco ansiosos, cada qual no seu quadrado, cada um da sua maneira. E sabe? Eu quero mudar. Sempre quero, sempre tento e claro! Sempre estou mudando. Sempre. Mas continuo agoniada mesmo, no frigir dos ovos. Continuo querendo tudo logo.
Hoje, aos 28, eu vejo que estou no caminho que quero seguir, me tornado mais calma, mais serena, equilibrando mais as coisas, ponderando mais, refletindo antes e aprendendo dia-a-dia, a esperar. Talvez o mais correto seja dizer que estou aprendendo, na verdade, a preencher melhor os tempos de espera. Deve ser isso sim. Porque se analisar minuciosamente, posso observar que a leitura e a musica, por exemplo, preenchem lacunas que antes ficavam abertas, sendo sentidas em cada segundo de existência.
Hoje não. Vivendo numa cidade menor, a qualidade de vida, neste sentido das esperas burocráticas, por exemplo, diminuíram bastante. Se antes eu levava duas horas dentro de um ônibus no trajeto casa/trabalho, hoje quinze minutos de paleta ou cinco de carro resolvem o trajeto. O correio fica perto do trabalho, o cinema fica perto de casa... Mas ainda há, claro, as inevitáveis filas do banco, do supermercado e da lotérica e a estrada que me separa do mar e dos amigos em Salvador.
Esperar com paciência, acredito, é um exercício diário. E eu quero mais. Quero exercitar mais. E talvez por ser tão difícil é que seja mais gostoso mesmo. E enquanto o tempo passa, as horas passam, os anos passam e os cabelos brancos chegam, haja chá de camomila todo dia de manhã!
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Isa Lorena
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Tem perguntas saltitando sem respostas por aqui.
Eu fico mesmo perdida entre a ficção e a realidade. Mas é que é tão melhor as vezes sonhar né? Claro que na rotina cotidiana de ser mãe, jornalista, mulher, amante e dona de casa, fica difícil flutuar por um terço que seja das 24h que um dia nos propõe. Mas dar uns saltinhos de vez em quando é fundamental, acredite.
Faz um tempo que venho me questionando se eu realmente quero a sorte de um amor tranquilo, aquela coisa bem cazuza.. Faz um tempinho que estou nessa empreitada de (re)descobrir colé de mesma da minha amorosidade romântica. Às vezes eu penso que sim, é isso que quero, que sempre quis, mesmo que veladamente – escondido até de mim mesma, inclusive; outras vezes eu entendo que não, não nasci pra isso e a minha própria companhia é o que me basta, ao menos na maior parte do tempo...
O que me faz ir e vir nesta questão é justamente os sentimentos novos que me tomam agora, desses tempos pra cá. Encontrei um amor (e eu acho engraçado na verdade esse negócio de “encontrar”, sobretudo quando não se estava procurando) e desde aquele bendito dia um monte de coisas diferentes aconteceram e vêm acontecendo em my life. Claro que os coloridos que se fizeram presentes deixaram tudo mais bonito, claro que é imprescindível apaixonar-se para sentir-se vivo e todos esses clichês que a gente já sabe soletrado. Mas... Até onde isso acrescenta e vale a pena? Até onde isso cabe na realidade, no dia-a-dia? Até onde se basta? Até onde quer ir? O amor parece querer sempre mais... parece um bichinho carpinteiro futucando a gente!
E então que eu fico mesmo perdida entre a literatura e as notícias. Entre a informação fidedigna e os acordes mais bonitos... E eu tento tanto misturar tudo e vejo essa mistura acontecer sem que eu me intrometa, nos momentos em que estamos juntos, encaixados, entrelaçados, exercitando esse amor que chegou de mansinho e reclamou seu lugar. Então quando esses momentos se fazem presentes na memória e no corpo, que pulsa à minha revelia e pede por você, eu esqueço de me perguntar se eu quero mesmo essa tal “sorte” de um amor tranquilo, esse tal sabor de fruta mordida... E só consigo sentir e sentir... e percebo que tem perguntas saltitando sem respostas por aqui.
Portanto, hoje, quando eu percebi que em meio a tantas distâncias e dificuldades e barreiras e impossibilidades e saudades o tempo está aí, passando e refazendo vontades e expectativas... Quando percebi que hoje fazem exatamente quatro meses (!) que nos olhamos demoradamente naquela mesa do Whiskritório... E que tantas coisas diferentes aconteceram dentro de mim a partir daquele dia, a vontade de estar perto, de saber mais sobre você, de te fazer sorrir, de transformar a sua vida, de dividir os dias, de conhecer juntos, de criar e recriar... o frio na barriga pelo medo de perder, as dúvidas, as certezas, tantos desejos, tantos quereres... Bom... Eu não sei mais o que eu devo perguntar.
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Ai gente que hoje ainda é terça-feira.... mas nem dá pra reclamar muito e precisa mais é observar: o tempo vem passando depressa demais, não acham? percepção coletiva, eu constato com os mais próximos. E vcs?
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23 de agosto de 2010
significados
O horóscopo me aconselha a ter mais cuidado com o amor. Mas se eu o rego todos os dias, que cuidados a mais devo ter com ele?
Talvez o conselho tenha chegado enviesado: devo tomar cuidado com ele no sentido de não me deixar levar por suas conversas bonitas, seu jeito simpático, o sexo gostoso, pelo desatino que causa, pela espera que aflige, pelo desconsolo na ausência, pela paixão que desatina.
Pode ser...
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E então que depois de falar sobre a saudade que me tomou por inteira neste fim de semana de impossibilidades é preciso ressaltar: tenho o melhor filho do mundo.
Um parceiro de verdade, companheirinho de todas as horas. Que sabe respeitar o meu tempo e espaço, que fica juntinho abraçado se eu não consigo despistar a tristeza. Que não se ofende por isso, não pensa bobamente que pode ser com ele. Apenas me pede para ter calma e me da colo, como um grande cavalheiro.
Juan é mais que uma criança. é um serzinho iluminado, que me acompanha para onde eu for. Lindo, atento, perspicaz e desperto pra vida, pras coisas dela, pra tudo em volta. O seu carinho é um acalento. as suas mãozinhas enxugando minhas lágrimas, um beijinho no olho e a constatação do salgado. Ele me faz rir mesmo quando tudo esta perdido, me faz entender que sempre há saídas, que a tristeza vem e passa e que ele sempre está alí.
Me sinto uma privilegiada. E no final das contas, eu só tenho a agradecer. Por ter tanto amor dentro de mim , por aprendr a senti-lo. Por ter dois meninos e por ser tão amada por eles também.
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Tô fumando o cigarro da saudade....
A saudade bateu lá em casa neste fim de semana. Pensei não abrir a porta, mas ela chamava alto, os visinhos podiam ouvir. Daí não teve jeito. Sentamos e conversamos sobre a sua peregrinação, seu vestido vermelho. “Quando a saudade chegar com seu batalhão de atiradores e porta-bandeiras, vou cantar aquele som da gente”. Foi o que fiz. Liguei o som e cantamos juntas a vontade de vc. Ela me explicou que de nada adiantava esconder as lágrimas. Disse isso quando percebeu a vergonha que tinha dela, tentando desvencilhar o olhar...
Então ela me acompanhou a tarde inteira e pensou em ficar pra dormir, mas pedi que fosse embora, já bastava de sofrer. Precisava descansar, sonhar com paz. Mas antes de ir embora, no lugar de despedir-se, ela deu um sorriso de leve e me disse até amanhã.
Dormi entre suspiros e lamentos, com o corpo ardendo em brasa, pedindo um gozo conjunto, tentando se amar sozinho, tentando se bastar. Mas a cada capítulo do sono, meus braços procuravam por vc. Então eu decidi que não queria mais aquilo, que não a deixaria chegar perto novamente. Fiz promessas, juras de amor para mim mesma. Nada mais me afetaria, eu apenas dormiria e acordaria curada de tod aquele amor pulsante.
E no domingo, bem cedinho, abri os olhos para o novo dia. E nem precisei abrir a porta, pois sentadinha no sofá, com uma caneca de café na mão, ela me disse gentilmente: eu entrei pela janela.
Então ela me acompanhou a tarde inteira e pensou em ficar pra dormir, mas pedi que fosse embora, já bastava de sofrer. Precisava descansar, sonhar com paz. Mas antes de ir embora, no lugar de despedir-se, ela deu um sorriso de leve e me disse até amanhã.
Dormi entre suspiros e lamentos, com o corpo ardendo em brasa, pedindo um gozo conjunto, tentando se amar sozinho, tentando se bastar. Mas a cada capítulo do sono, meus braços procuravam por vc. Então eu decidi que não queria mais aquilo, que não a deixaria chegar perto novamente. Fiz promessas, juras de amor para mim mesma. Nada mais me afetaria, eu apenas dormiria e acordaria curada de tod aquele amor pulsante.
E no domingo, bem cedinho, abri os olhos para o novo dia. E nem precisei abrir a porta, pois sentadinha no sofá, com uma caneca de café na mão, ela me disse gentilmente: eu entrei pela janela.
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20 de agosto de 2010
Quando se perde o respeito por alguém, perde-se tudo.
Sabe quando você perde todo o restinho de consideração e admiração que tinha por alguém? Pior é quando se está fadado a conviver com essa pessoa cotidianamente. Sempre digo que gerir não é uma coisa fácil, em nenhuma instância. É preciso imprimir sua marca, é preciso impor respeito. Mas acima de qualquer coisa, é preciso respeitar e saber se fazer respeitar. Quando se perde o respeito por alguém, perde-se tudo.
O ambiente de trabalho é um campo minado: não devemos nos abrir tanto para as pessoas, precisamos nos manter serenos, numa postura mais objetiva, ao mesmo tempo em que convivemos mais com essas pessoas do que com os nossos familiares e amigos. Portanto, saber ponderar e encontrar os limites entre a ética trabalhista e as regras do bom convívio é essencial.
O ambiente de trabalho é um campo minado: não devemos nos abrir tanto para as pessoas, precisamos nos manter serenos, numa postura mais objetiva, ao mesmo tempo em que convivemos mais com essas pessoas do que com os nossos familiares e amigos. Portanto, saber ponderar e encontrar os limites entre a ética trabalhista e as regras do bom convívio é essencial.
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19 de agosto de 2010
Ah, como toda perspectiva mudaria com um petit gâteau agora....
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18 de agosto de 2010
17 de agosto de 2010
16 de agosto de 2010
Ah....
Crisântemos amarelos para enfeitar o dia.
Muita preguiça de escrever matérias.
Saudades de beijar o meu amor.
Cachos soltos que provocam suspiros.
Um punhado de vontade de sair viajando pelo mundoafora.
Eis o resumo da minha segunda-feira.
Muita preguiça de escrever matérias.
Saudades de beijar o meu amor.
Cachos soltos que provocam suspiros.
Um punhado de vontade de sair viajando pelo mundoafora.
Eis o resumo da minha segunda-feira.
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13 de agosto de 2010
Sexta-feira 13 minha gente. Um friozinho na barriga dá, num dá?
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Sensação boa de ser bem amada.
Mas agora eu realmente preciso ficar sozinha pra terminar de arrumar a casa...
Mas agora eu realmente preciso ficar sozinha pra terminar de arrumar a casa...
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12 de agosto de 2010
De vez em quando é preciso, necessário, quase essencial apertar a tecla: foda-se mundo. Eu te amo, mas vou ali.
Pode até deixar beijo com marquinha de batom!
O importante é apertar. ;)
Pode até deixar beijo com marquinha de batom!
O importante é apertar. ;)
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11 de agosto de 2010
Coisinhas
Ontem eu comecei a escrever um bilhetinho observando que até minha voz muda quando falo com ele e quando me dei conta, já tinha escrito uma carta com mais de seis páginas. Coisa de gente descontrolada né? vamos combinar...
Terminei a reforma no quarto de Juan. Ficou coisa de primeira linha, barato total. E ele adorou, o que mais importa, of course.
E por falar em Juan, o guri agora está no orkut. Pois é. Tentei evitar a todo custo, sem proibições, apenas diálogos acerca da ferramenta e dos porquês da vontade. Daí bastou um fim de semana na casa do papai para o perfil ser criado. Juanito é tranquilo com isso (também) e o grande barato pra ele é a tal da fazendinha, uma espécie de jogo dentro do site. Já fizemos os acordos todos, ele já sabe o que fazer. Enfim: tem coisas que as mães do século XXI não têm como escapar...
Terminei a reforma no quarto de Juan. Ficou coisa de primeira linha, barato total. E ele adorou, o que mais importa, of course.
E por falar em Juan, o guri agora está no orkut. Pois é. Tentei evitar a todo custo, sem proibições, apenas diálogos acerca da ferramenta e dos porquês da vontade. Daí bastou um fim de semana na casa do papai para o perfil ser criado. Juanito é tranquilo com isso (também) e o grande barato pra ele é a tal da fazendinha, uma espécie de jogo dentro do site. Já fizemos os acordos todos, ele já sabe o que fazer. Enfim: tem coisas que as mães do século XXI não têm como escapar...
E eu continuo sem cnseguir postar nada no Universo Bloguístico. Basta tentar 'nova postagem' e apágina desconfigura, inatingível. Não faço idéia do porquê. Todos os blogs estão legais, só ele resolveu adoecer. Se alguém souber o que pode ser, agradeço desde já a dica.
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10 de agosto de 2010
Tudo à vista!
Quer ver uma coisa interessante quando se mora sozinho? Há muitas vezes, na hora de arrumar a casa, um certo impasse entre dispor os objetos para o outro ou para si. No meu caso, que tenho a casa sempre cheia de amigos nos fins de semana, sempre tendo a deixar as coisas mais interessantes ao alcance de todos, como as revistas do mês, postais e tal. Daí que nesse processo em que me encontro, de reestruturação do lar, venho também reorganizando os pensamentos em relação a isso.
Estou por exemplo revendo a organização da sala e do atelier, que Juan chama de quarto das artes. E descobri que preciso mesmo de uma boa estante para os arquivos, documentos e matérias de trabalho, se não vira um mangue e eu mesma não sei por onde começar. Como ariana e jornalista, é quase inevitável querer dividir as coisas boas. E é interessante como a disposição das coisas em casa tem tanto haver com nosso modo de ver e viver a vida mesmo. Tenho amigos taurinos, por exemplo, que apegados que são às suas coisas, escondem livros e revistas em estantes fechadas, longe dos olhos alheios. Acho interessantíssimo isso, mas minha prática é sempre oposta.
E os amigos sempre acrescentam as coleções, levando postais e papeis outros, sempre agregando informações à casinha, que é de fato bem gostosa e acolhedora. “Há um vilarejo ali, onde areja um vento bom” é sem dúvida a musica tema dela. E eu gosto de fazê-la assim. Sempre aberta para novas trocas, perspectivas variadas. Um local de pesquisas, encontros, gestação de idéias. É assim que deve ser um lar, na minha concepção.
Estou por exemplo revendo a organização da sala e do atelier, que Juan chama de quarto das artes. E descobri que preciso mesmo de uma boa estante para os arquivos, documentos e matérias de trabalho, se não vira um mangue e eu mesma não sei por onde começar. Como ariana e jornalista, é quase inevitável querer dividir as coisas boas. E é interessante como a disposição das coisas em casa tem tanto haver com nosso modo de ver e viver a vida mesmo. Tenho amigos taurinos, por exemplo, que apegados que são às suas coisas, escondem livros e revistas em estantes fechadas, longe dos olhos alheios. Acho interessantíssimo isso, mas minha prática é sempre oposta.
E os amigos sempre acrescentam as coleções, levando postais e papeis outros, sempre agregando informações à casinha, que é de fato bem gostosa e acolhedora. “Há um vilarejo ali, onde areja um vento bom” é sem dúvida a musica tema dela. E eu gosto de fazê-la assim. Sempre aberta para novas trocas, perspectivas variadas. Um local de pesquisas, encontros, gestação de idéias. É assim que deve ser um lar, na minha concepção.
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Caetanear
O melhor o tempo esconde, longe, muito longe
Mas bem dentro aqui, quando o bonde dava a volta ali
No cais de Araújo Pinho, tamarindeirinho
Nunca me esqueci onde o imperador fez xixi
Cana doce Santo Amaro, gosto muito raro
Trago em mim por ti, e uma estrela sempre a luzir
Bonde da Trilhos Urbanos vão passando os anos
E eu não te perdi, meu trabalho é te traduzir
Rua da Matriz ao Conde no trole ou no bonde
Tudo é bom de vê, seu Popó do Maculelê
Mas aquela curva aberta, aquela coisa certa
Não dá prá entender o Apolo e o rio Subaé
Pena de Pavão de Krishna, maravilha, vixe Maria
Mãe de Deus, será que esses olhos são meus?
Cinema transcendental, Trilhos Urbanos
Gal cantando o Balancê
Como eu sei lembrar de você
>> Letra de Trilhos Urbanos
Mas bem dentro aqui, quando o bonde dava a volta ali
No cais de Araújo Pinho, tamarindeirinho
Nunca me esqueci onde o imperador fez xixi
Cana doce Santo Amaro, gosto muito raro
Trago em mim por ti, e uma estrela sempre a luzir
Bonde da Trilhos Urbanos vão passando os anos
E eu não te perdi, meu trabalho é te traduzir
Rua da Matriz ao Conde no trole ou no bonde
Tudo é bom de vê, seu Popó do Maculelê
Mas aquela curva aberta, aquela coisa certa
Não dá prá entender o Apolo e o rio Subaé
Pena de Pavão de Krishna, maravilha, vixe Maria
Mãe de Deus, será que esses olhos são meus?
Cinema transcendental, Trilhos Urbanos
Gal cantando o Balancê
Como eu sei lembrar de você
>> Letra de Trilhos Urbanos
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"Quando digo responsabilidade, quando digo democracia, quando digo ética quero dizer essas palavras com palavras de chumbo"
Saramago
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Emir Sader: A mídia e o escândalo Lula
Quem olhasse para o Brasil através da imprensa, não conseguiria entender a popularidade do Lula. Foi o que constatou o ex-presidente português Mario Soares, que a essa dicotomia soma a projeção internacional extraordinária do Lula e do Brasil no governo atual e não conseguia entender como a imprensa brasileira não reflete, nem essa imagem internacional, nem o formidável e inédito apoio interno do Lula.
Acontece que Lula não se subordinou ao que as elites tradicionais acreditavam reservar para ele: que fosse eternamente um opositor denuncista, sem capacidade de agregar, de fazer alianças, se construir uma força hegemônica no país. Ficaria ali, isolado, rejeitado, até mesmo como prova da existência de uma oposição – incapaz de deixar de sê-lo.
Quando Lula contornou isso, constituiu um arco de alianças majoritário e triunfou, lhe reservavam o fracasso: ataque especulativo, fuga de capitais, onda de reivindicações, descontrole inflacionário, que levasse a população a suplicar pela volta dos tucanos-pefelistas, enterrando definitivamente a esquerda no Brasil por vinte anos.
Lula contornou esse problema. Aí o medo era de que permanecesse muito tempo, se consolidasse. Reservaram-lhe então o papel de “presidente corrupto”, vitima de campanhas orquestradas pela mídia privada – como em 1964 -, a partir de movimentos como o “Cansei”. Ou o derrubariam por impeachment ou supunham que ele pudesse capitular, não se candidatando de novo, ou que fosse, sangrado pela oposição, ser derrotado nas eleições de 2006. Tinham lhe reservado o destino do presidente solitário no poder, isolado do povo, rejeitado pelos “formadores de opinião”, vitima de mais um desses movimentos que escolhem cores para exibir repudio a governos antidemocráticos e antipopulares.
Lula superou esses obstáculos, conquistou popularidade que nenhum governante tinha conseguido, o povo o apóia. Mas nenhum espaço da mídia expressa esse sentimento popular – o mais difundido no país. O povo não ouve discursos do Lula na televisão, nem no rádio, nem os pode ler nos jornais. Lula não pode falar ao povo, sem a intermediação da mídia privada, que escolhe o que deseja fazer chegar à população. Nunca publica um discurso integral do presidente da republica mais popular que o Brasil já teve. Ao contrário, se opõem frenética e sistematicamente a ele, conquistando e expressando os 3% da população que o rejeita, contra os 82% que o apóiam.
Talvez nada reflita melhor a distância e a contraposição entre os dois países que convivem, um ao lado do outro. Revela como, apesar da moderação do seu governo, sua imagem, sua trajetória, o que ele representa para o povo brasileiro, é algo inassimilável para as elites tradicionais. Essa mesma elite que tinha uma imensa e variada equipe de apologetas de Collor e de FHC, não tolera o fracasso deles e o sucesso nacional e internacional, político e de massas, de um imigrante nordestino, que perdeu um dedo na máquina, como torneiro mecânico, dirigente sindical e um Partido dos Trabalhadores, que não aceitou a capitulação ou a derrota.
Lula é o melhor fenômeno para entender o que é o Brasil hoje, em todas as posições da estrutura social, em todas as dimensões da nossa história. Quase se pode dizer: diga-me o que você acha do Lula e eu te direi quem és.
Acontece que Lula não se subordinou ao que as elites tradicionais acreditavam reservar para ele: que fosse eternamente um opositor denuncista, sem capacidade de agregar, de fazer alianças, se construir uma força hegemônica no país. Ficaria ali, isolado, rejeitado, até mesmo como prova da existência de uma oposição – incapaz de deixar de sê-lo.
Quando Lula contornou isso, constituiu um arco de alianças majoritário e triunfou, lhe reservavam o fracasso: ataque especulativo, fuga de capitais, onda de reivindicações, descontrole inflacionário, que levasse a população a suplicar pela volta dos tucanos-pefelistas, enterrando definitivamente a esquerda no Brasil por vinte anos.
Lula contornou esse problema. Aí o medo era de que permanecesse muito tempo, se consolidasse. Reservaram-lhe então o papel de “presidente corrupto”, vitima de campanhas orquestradas pela mídia privada – como em 1964 -, a partir de movimentos como o “Cansei”. Ou o derrubariam por impeachment ou supunham que ele pudesse capitular, não se candidatando de novo, ou que fosse, sangrado pela oposição, ser derrotado nas eleições de 2006. Tinham lhe reservado o destino do presidente solitário no poder, isolado do povo, rejeitado pelos “formadores de opinião”, vitima de mais um desses movimentos que escolhem cores para exibir repudio a governos antidemocráticos e antipopulares.
Lula superou esses obstáculos, conquistou popularidade que nenhum governante tinha conseguido, o povo o apóia. Mas nenhum espaço da mídia expressa esse sentimento popular – o mais difundido no país. O povo não ouve discursos do Lula na televisão, nem no rádio, nem os pode ler nos jornais. Lula não pode falar ao povo, sem a intermediação da mídia privada, que escolhe o que deseja fazer chegar à população. Nunca publica um discurso integral do presidente da republica mais popular que o Brasil já teve. Ao contrário, se opõem frenética e sistematicamente a ele, conquistando e expressando os 3% da população que o rejeita, contra os 82% que o apóiam.
Talvez nada reflita melhor a distância e a contraposição entre os dois países que convivem, um ao lado do outro. Revela como, apesar da moderação do seu governo, sua imagem, sua trajetória, o que ele representa para o povo brasileiro, é algo inassimilável para as elites tradicionais. Essa mesma elite que tinha uma imensa e variada equipe de apologetas de Collor e de FHC, não tolera o fracasso deles e o sucesso nacional e internacional, político e de massas, de um imigrante nordestino, que perdeu um dedo na máquina, como torneiro mecânico, dirigente sindical e um Partido dos Trabalhadores, que não aceitou a capitulação ou a derrota.
Lula é o melhor fenômeno para entender o que é o Brasil hoje, em todas as posições da estrutura social, em todas as dimensões da nossa história. Quase se pode dizer: diga-me o que você acha do Lula e eu te direi quem és.
Fonte: Carta Maior
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9 de agosto de 2010
Tenho traços lógicos de liderança e a cada novo emprego, isso fica mais nítido. E eu gosto de administrar mesmo, gosto de alinhavar as coisas, traçar estratégias, fazer planejamentos. É uma delícia, a parte melhor é sem duvida, a criação. Quando a gente não nasce pra ser somente formiguinha operária, não adianta forçar a barra, que trava.
Então ser responsável pelo que se cativa é uma frase que vai muito além da simplória primeira compreensão. È muito mais profundo o sentido, recheado de subsentidos outros. Levando-a para o contexto profissional então, as coisas ficam ainda mais claras nas práticas do dia-a-dia, no olhar do outro, na expectativa do sorriso, da palavra que norteia.
O que me dá verdadeiro pavor são pessoas medíocres, que por motivos variáveis querem gerir equipes sem um conhecimento prévio, sem respeito ao próximo e ao trabalho em si. E eu, que ainda estou saindo do engatinhar e aprendendo a ficar de pé, desde os tempos estagiais, tenho uma dificuldade tremenda de ser mal gerida. Ou as ordens são claras, ou eu mesmo faço as minhas. Parece até papo rebelde, mas nem é.
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Bom dia, comunidade!
Quando vc adora conversar, falar sobre a vida, com a mesma pessoa que vc adora fazer amor, aí é batata! O mundo se abre em novas perspectivas e tudo fica mais colorido, mais bonito de se ver.
E se acordar com um bom dia gostoso já faz a diferença do dia, imagina acordar com três, em plena segunda-feira? A semana vai bombar!
Viva a vida!
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6 de agosto de 2010
Desabafo
Estou em crise textual. De novo... Ontem falávamos sobre isso, eu e Juan. E ele observou que estamos nessa juntos: eu na escrita e ele nos desenhos. Pensamos em alguns possiveis fatores propulsores deste estado, mas nada encontramos de concreto. Fato é que tenho escrito pouco coisas de fato interessantes. E isso me mata.
Eu tento justificar com o fato de passar o dia escrevendo outras coisas...Textos chatos sobre coisas que me interessam menos a cada dia. Textos jornalísticos demais, informativos demais... E a literatura vai se esvaindo, achando brechas apenas na tinta...
Preciso de incentivo. Eis a questão. Preciso voltar a estudar, estar em grupos mais interessantes, para buscar pautas mais interessantes que satisfaçam a mim e aos meus leitores. Atualmente isso tem acontecido pouco... A semana é tão cansativa, tantas coisas acontecendo, afetando o cognitivo... uma merda.
Eu vou trabalhar isso melhor... E prometo voltar com frases melhores, mais saborosas. Palavra de escoteiro!
Eu tento justificar com o fato de passar o dia escrevendo outras coisas...Textos chatos sobre coisas que me interessam menos a cada dia. Textos jornalísticos demais, informativos demais... E a literatura vai se esvaindo, achando brechas apenas na tinta...
Preciso de incentivo. Eis a questão. Preciso voltar a estudar, estar em grupos mais interessantes, para buscar pautas mais interessantes que satisfaçam a mim e aos meus leitores. Atualmente isso tem acontecido pouco... A semana é tão cansativa, tantas coisas acontecendo, afetando o cognitivo... uma merda.
Eu vou trabalhar isso melhor... E prometo voltar com frases melhores, mais saborosas. Palavra de escoteiro!
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5 de agosto de 2010
Tava vasculhando o antigo Poéticas e encontrei esse texto que escrevi em novembro de 2008! Inevitável sorrir pensando no agora...
Engraçado: Tudo se planeja, menos o amor. Planejamos as férias, as cirurgias, as dietas, os orçamentos… Pois eu também queria planejar os namorados. Seria algo mais ou menos assim: Em Março, encontrar um namorado – Porque antes nem meu próprio braço eu tenho tempo pra beijar. Inteligente, alto, charmoso, gostoso, bom de cama, de garfo e de humor.
Que goste de crianças e que tenha mais de 30. Seguro de si e que entenda a diferença entre frescura, drama e TPM (imprescindível, convenhamos)… Que tenha muitos amigos “de rocha”, que entenda que estar junto não é ser um só e que encare e repense seus preconceitos sempre e sem muitas neuras; Que admire a natureza, que se revele artista no cotidiano, que saiba tocar um instrumento; atencioso, que entenda o português, os seus porquês – e os meus, de quebra – e que saiba diferenciar pós de ervas e que tenha esquizofrenia controlada;
Que goste de sair sozinho, que não seja implicante, que pondere os ciúmes, que controle a posse e que se orgulhe de mim sendo eu quem sou; Que se dê bem com meus amigos sem ser forçado, que saiba a diferença entre intimidade e intromissão e que não tenha vergonha de peidar na minha frente, mantendo as devidas discrições, obviamente; Que goste de filmes – no cinema e em casa – e de teatro – idem -, de circo sem animais e de chuva. E mais um monte de detalhezinhos sórdidos que a gente não conta, só pensa…
Enfim. Queria que fosse possível planejar romances. Isso facilitaria minha vida horrores! Mas não é por aí. E quando tenta ser, invariavelmente dá merda… e haja caquinhos pra catar depois, lá e cá.
Então, enquanto não encontro um jeitinho de, ao menos, ajeitar o regulador de caça, vou regulando o desnivelamento de emoções, evitando taquicardias agudas e flexadas despropositais.
Aí, penso cá com meus botões, deposi que m- planejado ou não – encontrar mais uma vítima, digo, namorado, depois de três ou quatro meses de paixão intensa, sento eu e escrevo mais um desses desabafos tragicômicos, falando em como seria legal se pudéssemos planejar bonitinho o fim dos relacionamentos. Só não sei se também começaria com um “engraçado”…
Que goste de crianças e que tenha mais de 30. Seguro de si e que entenda a diferença entre frescura, drama e TPM (imprescindível, convenhamos)… Que tenha muitos amigos “de rocha”, que entenda que estar junto não é ser um só e que encare e repense seus preconceitos sempre e sem muitas neuras; Que admire a natureza, que se revele artista no cotidiano, que saiba tocar um instrumento; atencioso, que entenda o português, os seus porquês – e os meus, de quebra – e que saiba diferenciar pós de ervas e que tenha esquizofrenia controlada;
Que goste de sair sozinho, que não seja implicante, que pondere os ciúmes, que controle a posse e que se orgulhe de mim sendo eu quem sou; Que se dê bem com meus amigos sem ser forçado, que saiba a diferença entre intimidade e intromissão e que não tenha vergonha de peidar na minha frente, mantendo as devidas discrições, obviamente; Que goste de filmes – no cinema e em casa – e de teatro – idem -, de circo sem animais e de chuva. E mais um monte de detalhezinhos sórdidos que a gente não conta, só pensa…
Enfim. Queria que fosse possível planejar romances. Isso facilitaria minha vida horrores! Mas não é por aí. E quando tenta ser, invariavelmente dá merda… e haja caquinhos pra catar depois, lá e cá.
Então, enquanto não encontro um jeitinho de, ao menos, ajeitar o regulador de caça, vou regulando o desnivelamento de emoções, evitando taquicardias agudas e flexadas despropositais.
Aí, penso cá com meus botões, deposi que m- planejado ou não – encontrar mais uma vítima, digo, namorado, depois de três ou quatro meses de paixão intensa, sento eu e escrevo mais um desses desabafos tragicômicos, falando em como seria legal se pudéssemos planejar bonitinho o fim dos relacionamentos. Só não sei se também começaria com um “engraçado”…
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Nova edição
Sou fogo e calma. Contradição, camaleoa. Sou música. Sou vida através das músicas, das sonoridades. Sou letras. Palavras. Gosto de recitá-las, de sabê-las, gosto de criá-las. Gosto do criar.
Sou sandálias com queda por tênis e altos saltos para a feminilidade… Sou intuição. Sou o não acreditar querendo… Sou mãe. Sou filha. Sou mulher, com resquícios de menina… Sou bruta, sou meiga, cruel, sarcástica e as vezes me amo tanto sendo assim…
Sou corpo, sou d(eu)s. sou uma essência que se busca. Que se perde sempre quando pensa que se acha. Sou Chico Buarque eternamente, sou Caetano de cabelos longos e Gil, muito antes do ministério. Sou os clássicos sem saber quem são. Sou pintura, tinta que se espalha na tela e fora dela, pelo chão, pelo teto, pelos corpos... Sou casa. Sou rua. Sou gente. Sou a eterna descoberta. Sou ávida, eufórica, fatídica, trágica e impulsiva. “O primeiro drama, a primeira dama, o primeiro amor”.
Sou o querer. E quero tanto tudo… Sou o silêncio na tentativa do não angustiante. Sou pressa e perfeição. Sou poesia, numa tentativa ininterrupta de ser poeta. Sou Fernando Pessoa, fingidor… Sou virtudes. Transparência. Sou sangue. Literalmente doadora dentro e fora do meu O positivo.
Sou mar, praia deserta. Sou álcool e sou água de coco. Sou sexo. Sou o meu sexo, o seu sexo, o nosso. Sou dedos e sou orgasmos acompanhados ou não. Sou o toque, sou o olhar, sou a busca incessante de prazer. Sou carne, sou fruto e sou sede. Sou o fálico, o escondido, sou entradas e entranhas. Sou varinha de condão, sou momento e sou magia. Sou orgia. Sou pernas abertas e entrelaçadas. Sou chão. Sou parede e sou gritos.
Sou escrita, com vestígios de informática. Sou correio, sou cartas de amor, todas elas ridículas. Sou Elis Regina e sou lágrimas ao ver Juan também sê-lo. Sou calma e impaciência, sou clara Nunes, Cássia Eller, Vânia Abreu e Elza; sou suas vozes, tão humanas e femininas. Sou águas de Março com ou sem o Tom. Sou Leminski, sou concreta em minhas abstrações. Sou a palavra que nunca foi dita, sou aquela que não termina. Sou a marginalidade sutil. Sou roupa leve, larga… Sou Frida. Sou pássaros cantando de manhã e a sou a calma da madrugada. Sou as cinco da tarde e sou o vermelho do pôr do sol. Sou erva. Sou suco de laranja e café com cigarro. Sou vermelho, sou preto, sou colorida.
Sou Salvador. Sou os casarões antigos, sou coisas antigas, sou antiga. Sou brechós e antiquários. Sou ribeira, sou Pelô, sou comércio, Santo Antonio e sou Carmo, sem hotel. Sou os planos inclinados ativados ou não. Sou elevador Lacerda e Taboão. Sou os casebres entre a cidade alta e baixa. Sou a cidade vista do mar, sou o mar, seus barcos, seu porto, seus navios, sua história. Sou Mercado, sou modelo, sou a luta de seus inúmeros fantasmas. Sou a baía e sou todos os santos… Sou a travessia para Itaparica. Sou outras ilhas sem saber. Sou árvores centenárias e sou plantinhas. Sou nuvens. Sou museus. Sou público. Sou a contorno a pé.
Sou o pensar querendo trégua. Sou cansaço e o novamente construir sem respaldos ou patrocínios. Sou a procura. Sou o achado de outros que não são procura. Sou a dificuldade do amar, suas incertezas. Sou meu filho e sou a certeza de um amor sem fronteiras. Sou o educar. Sou anatomia. Sou Raul em suas paranóias e metamorfoses ambulantes. Sou teatro, sou cinema, sou arte. Sou artista da minha arte. Sou a minha, as outras tantas artes.
Sou meus amigos. Sou saudade. Sou Rio de Janeiro e sou mangueira, onde o Rio é mais baiano. Sou despedidas sem lágrimas, sou o oculto, sou orgulho e sou paixão. Sou meu pai e minha mãe. Sou aqueles que ainda não conheci.
Sou fotografia… Sou fotos da cidade, inusitadas, de pessoas, de casebres, conhecidos ou não. Sou profundidade. Sou a baianidade nagô. Sou terreiros, sou igrejas, templos, religiões. Sou o místico, o cético e o ateu. Sou o Jesus político, sou cruz, sou forca e pelourinho.
Sou sempre mais a cada linha, a cada outono, a cada março, a cada ciclo. As vezes Isa, as vezes Lorena. Sempre um híbrido poético. Sou o tempo que passou, mas nunca acaba.
Sou sandálias com queda por tênis e altos saltos para a feminilidade… Sou intuição. Sou o não acreditar querendo… Sou mãe. Sou filha. Sou mulher, com resquícios de menina… Sou bruta, sou meiga, cruel, sarcástica e as vezes me amo tanto sendo assim…
Sou corpo, sou d(eu)s. sou uma essência que se busca. Que se perde sempre quando pensa que se acha. Sou Chico Buarque eternamente, sou Caetano de cabelos longos e Gil, muito antes do ministério. Sou os clássicos sem saber quem são. Sou pintura, tinta que se espalha na tela e fora dela, pelo chão, pelo teto, pelos corpos... Sou casa. Sou rua. Sou gente. Sou a eterna descoberta. Sou ávida, eufórica, fatídica, trágica e impulsiva. “O primeiro drama, a primeira dama, o primeiro amor”.
Sou o querer. E quero tanto tudo… Sou o silêncio na tentativa do não angustiante. Sou pressa e perfeição. Sou poesia, numa tentativa ininterrupta de ser poeta. Sou Fernando Pessoa, fingidor… Sou virtudes. Transparência. Sou sangue. Literalmente doadora dentro e fora do meu O positivo.
Sou mar, praia deserta. Sou álcool e sou água de coco. Sou sexo. Sou o meu sexo, o seu sexo, o nosso. Sou dedos e sou orgasmos acompanhados ou não. Sou o toque, sou o olhar, sou a busca incessante de prazer. Sou carne, sou fruto e sou sede. Sou o fálico, o escondido, sou entradas e entranhas. Sou varinha de condão, sou momento e sou magia. Sou orgia. Sou pernas abertas e entrelaçadas. Sou chão. Sou parede e sou gritos.
Sou escrita, com vestígios de informática. Sou correio, sou cartas de amor, todas elas ridículas. Sou Elis Regina e sou lágrimas ao ver Juan também sê-lo. Sou calma e impaciência, sou clara Nunes, Cássia Eller, Vânia Abreu e Elza; sou suas vozes, tão humanas e femininas. Sou águas de Março com ou sem o Tom. Sou Leminski, sou concreta em minhas abstrações. Sou a palavra que nunca foi dita, sou aquela que não termina. Sou a marginalidade sutil. Sou roupa leve, larga… Sou Frida. Sou pássaros cantando de manhã e a sou a calma da madrugada. Sou as cinco da tarde e sou o vermelho do pôr do sol. Sou erva. Sou suco de laranja e café com cigarro. Sou vermelho, sou preto, sou colorida.
Sou Salvador. Sou os casarões antigos, sou coisas antigas, sou antiga. Sou brechós e antiquários. Sou ribeira, sou Pelô, sou comércio, Santo Antonio e sou Carmo, sem hotel. Sou os planos inclinados ativados ou não. Sou elevador Lacerda e Taboão. Sou os casebres entre a cidade alta e baixa. Sou a cidade vista do mar, sou o mar, seus barcos, seu porto, seus navios, sua história. Sou Mercado, sou modelo, sou a luta de seus inúmeros fantasmas. Sou a baía e sou todos os santos… Sou a travessia para Itaparica. Sou outras ilhas sem saber. Sou árvores centenárias e sou plantinhas. Sou nuvens. Sou museus. Sou público. Sou a contorno a pé.
Sou o pensar querendo trégua. Sou cansaço e o novamente construir sem respaldos ou patrocínios. Sou a procura. Sou o achado de outros que não são procura. Sou a dificuldade do amar, suas incertezas. Sou meu filho e sou a certeza de um amor sem fronteiras. Sou o educar. Sou anatomia. Sou Raul em suas paranóias e metamorfoses ambulantes. Sou teatro, sou cinema, sou arte. Sou artista da minha arte. Sou a minha, as outras tantas artes.
Sou meus amigos. Sou saudade. Sou Rio de Janeiro e sou mangueira, onde o Rio é mais baiano. Sou despedidas sem lágrimas, sou o oculto, sou orgulho e sou paixão. Sou meu pai e minha mãe. Sou aqueles que ainda não conheci.
Sou fotografia… Sou fotos da cidade, inusitadas, de pessoas, de casebres, conhecidos ou não. Sou profundidade. Sou a baianidade nagô. Sou terreiros, sou igrejas, templos, religiões. Sou o místico, o cético e o ateu. Sou o Jesus político, sou cruz, sou forca e pelourinho.
Sou sempre mais a cada linha, a cada outono, a cada março, a cada ciclo. As vezes Isa, as vezes Lorena. Sempre um híbrido poético. Sou o tempo que passou, mas nunca acaba.
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4 de agosto de 2010
A vida humana é, na maioria das vezes, uma roda incessante de repetições. É quando finalmente paramos para entender melhor o que tanto se repete em nossas existências que é possível dar um salto e amadurecer.
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Sobre a saudade
Ontem escrevi sobre a saudade no outro blog. E ontem mesmo, à noite, ela me fez chorar, feito criança que perde um brinquedo importante – considerando que todos o são – e não sabe o que fazer para apaziguar a dor. Demorou pouco o cair das lágrimas, que não desceram turbulentas, apenas desceram.
A saudade de ontem foi específica: eu queria cozinhar com ele. Queria que estivesse ali comigo, naquele momento, para criarmos juntos. Essa impossibilidade de compartilhar tem me afetado bastante, tenho notado isso cada vez mais freqüente. E o que acho engraçado depois que a dor ameniza, é saber que se caso houvesse a possibilidade real de estar mais perto, eu entraria certamente em contradição, pois isso afetaria meu tempo e espaço de tal maneira a vir a me sentir sufocada e isso e aquilo e coisa e tal.
Mas eu sinto mesmo mais forte esse querer. Sinto-o latente a vontade de estar mais perto dele. Não classifico isso como amor. Mas também não há só paixão aqui. Deve ser qualquer coisa de intermédio. Deve ser...
A saudade de ontem foi específica: eu queria cozinhar com ele. Queria que estivesse ali comigo, naquele momento, para criarmos juntos. Essa impossibilidade de compartilhar tem me afetado bastante, tenho notado isso cada vez mais freqüente. E o que acho engraçado depois que a dor ameniza, é saber que se caso houvesse a possibilidade real de estar mais perto, eu entraria certamente em contradição, pois isso afetaria meu tempo e espaço de tal maneira a vir a me sentir sufocada e isso e aquilo e coisa e tal.
Mas eu sinto mesmo mais forte esse querer. Sinto-o latente a vontade de estar mais perto dele. Não classifico isso como amor. Mas também não há só paixão aqui. Deve ser qualquer coisa de intermédio. Deve ser...
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3 de agosto de 2010
Vermelha
Quando chega vem com tudo: o sangue, a dor, a letargia.. E as certezas cíclicas de ser mulher, fêmea poderosa que menstrua, como o céu nos fins de tarde, como o amor, nas despedidas.
Adoro ciclos. Adoro ser menina que menstrua...
... Só não gosto da cólica né, que de poético não tem nada! rsrs
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2 de agosto de 2010
Reinventar-se
Não mudamos de casa! Mas a casa está em pleno momento de renovação. A desistência teve inúmeros motivos não aplicáveis ao agora. O que importa é a transformação que se deu a partir disso.
Esta tudo uma bagunça, um caos absoluto. Todas as coisas fora de lugar esperando novos rumos, energia fluindo solta, uma delícia!
Estabelecer o caos para restabelecer a ordem. Eis o lema destes dias, que não tem data decretada para terminar, pois está em pleno exercício de ser, sendo.
O lance é que nós vamos nos mudar para a mesma casa. Daí que eu decidi também eu mesma pintar as paredes e tenho me surpreendido muito com o resultado. Nem eu sabia que o babado ia ficar tão bom! rs
Daí que além das paredes comecei também uma nova tela, que esta ganhando formas e sentidos cada vez mais sinuosos...
E o bacana disso tudo é que Juan já tem intrínseca a idéia da ordem e do caos, e aproveita para recriar também, cortar, colar, fazer foguete, voar pra lua. E a casa vai ganhando novas cores e está ainda mais linda. Viva o caos!
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