Eu quero um amor pequenininho mesmo, de catar com o dedo na contramão. Eu quero dias de calor intenso, com banhos sequenciais de mangueira e de língua. Eu quero um beijinho na orelha esquerda de arrepiar o longo traço da espinha dorsal até a bunda. Eu quero o similar da cura, o desatino da cegueira esparsa, o caminho torto, desviando mato.
Eu quero um amor, não um namorado.
Eu quero um bem querer impresso, não possesso.
"Ah, quanto querer cabe em meu coração..."
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