Uma das coisas que mais me deixa feliz é ser reconhecida pelo trabalho que faço, sobretudo pelos textos, já que as palavras são os elementos encantados dos meus dias. E mais feliz eu fico quando penso que foi justamente isso o que desejei desde sempre, ganhar dinheiro escrevendo, sobreviver desta maneira e não de outra, tecendo frases, criando sentidos.
É fato que ser assessora não estava no pacote de sonhos. Mas faz parte das atividades da profissão que abracei e que me dá a coca-cola de todo dia. E realmente não me importo de passar o dia inteiro criando textos. Só minha saúde não gosta muito do que faço e fica reclamando em dores, lembrando academia, essas coisinhas. Mas não faz mal, ninguém morre de artrose e esse ano eu pretendo mesmo tomar vergonha na cara e mandar essa barriga pro espaço.
Eu ia dizer que o que mais gosto na minha profissão é o tempo que ela me dá; mas justo quando eu ia começar a escrever dois dos meus colegas jornalistas começaram aqui a reclamar de sua falta de tempo e como “uma matéria toma todo o dia de uma pessoa”. Eu discordo. Mas é aquela discordância pessoalíssima mesmo. Sento e escrevo quantas matérias for necessário e incremento meu tempo com outras coisas, outros textos.
James escreveu certa vez uma frase que adorei: que ao invés de dar diplomas a jornalistas, que nos dessem gramáticas. Gostei. Sempre tento explicar aos deslumbrados de plantão que escrever se aprende escrevendo, tal qual andar de bicicleta e transar. Quanto mais pratica, melhor fica.
Enfim. Mesmo reclamando, amo mesmo o que faço. Só não sei viver de uma coisa só e meus planos de mudar o mundo ainda são muitos! E, desde 60, quanto mais quente, melhor.
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