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1 de dezembro de 2009

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Luciano morreu e eu estou muda. Luciano Camacan, meu amigo. Não há palavras que descrevam a perplexidade que me toma agora. Só consigo pensar em sua voz ao telefone, quase uma hora da manhã do primeiro dia desse ano, quando ele ligou só prea dizer que me amava e que queria estar lá, comogo, pra passarmos juntos o reveillon como no ano anterior.

Nos falamos na semana passada e ele vinha passar um fim de semana aqui, em alagoinhas... sempre tão feliz, tão cheio de vida e fim. assim, sem mais, sem menos.

A vida é tão frágil, tanto que não conseguimos mensurar isso de verdade.
E quando acontece uma coisa assim tão de repente, a gente fica pensando como queria dizer pela última vez o quanto amava esse alguém que se foi.

Ao menos, nós nos lembrávamos isso sempre. Não havia uma ligação, um encontro, em que não nos abraçássemos forte e olhando nos olhos, recitássemos o amor que sentíamos. É inacreditável perder Luciano. É difícil aceitar e entender como a vida pode acabar tão rápido. E ontem, ouvindo a música que canta antes da novela, eu cantei baixinho pra mim mesma, enquanto pensava forte nessa mesma complexidade que me toma agora: "Como é por exemplo que dá pra entender, a gente mal nasce, começa a morrer..."

Seu sorriso nunca vai embora. Nunca. Nem sei o que dizer. Nem sei...

Um comentário:

  1. Também não sei o que dizer sobre a morte desse garoto, que conheci em 2002 e de lá para cá não perdemos mais o contato. que coincidentemente voltamos a nos encontrar diariamente na tve, no programa soteropolis.
    é estranho...

    Hieros Vasconcelos

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