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30 de julho de 2010

Daquela vez, como se fosse a última.

O chão sumiu sob os seus pés. E a sensação de incompetência era tão latente que doía na alma, escorendo pelos olhos. Era uma sensação de medo absoluto, de impotência, de falta de saida, de fim. 

Uma vontade de morrer naquele instante, como se nada valesse, como se a vida fosse um nada resoluto, uma mentira bem contada, entrecortada de momentos confusos e disformes, contraditórios e imbecis. 

Vontade de voar na solidão. Vontade de não ser, simplesmente, de nunca ter sido, de não ser mais. Chorava sem querer, sem um porquê definido. Eram tantos os tormentos agora, um emaranhado de nós irresolvíveis.

Andava sem olhar pra onde. O som dos carros apressados não soavam em seus ouvidos. Atravessou a rua, passos fortes. O olhar vacilou num grito, antes da queda. A morte surgiu vermelha, ao meio dia.

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