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16 de julho de 2010

O ovo e a galinha

Tenho pensado tanto no tempo, no passar dele, ininterrupto, nos cobrando certezas, decisões, ousadias. Pensado bastante em mim no alto dos meus 28 anos, em todas as coisas que quero empreender antes dos trinta, tanto que quero aprender... “bobeira é não viver a realidade”. Eu sei. Mas também sei a necessidade das fugas... nada que nos comprometa o dia, a vida, as horas produtivas... 

Esse mês a Superinteressante veio com matéria de capa falando sobre o sucesso e o fracasso e lá está a tal fórmula, a chave do babado: determinação. Vejo ao meu redor pessoas determinadas que alcançam o que desejam e acompanho, triste, a saga dos que pouco lutam, de outros que sequer lutam e de outros, que acreditam que tem idade pra parar de lutar. 

Hoje, no final do dia, chegará ao mundo Beatriz, minha irmã. Meu pai está deveras ansioso e eu quero tomar uma cachaça em sua homenagem mais tarde, já que estou longe e não vou vê-la chegar. Não estar em salvador hoje, por exemplo, foi uma decisão das mais difíceis e ainda me corrói uma certa dúvida, uma vontade de dominar o tempo e refazer sentidos, mas com os pés no chão eu reconheço as impossibilidades do agora e me aquieto. O fato é que são doze e meia ainda e tem é coisa ainda pra acontecer... 

O tempo, senhor tão distinto, anda preenchendo meus pensamentos numa constância absurda. E para completar o dia, a melhor notícias dos últimos tempos da última semana: A galinha, caros amigos, nasceu antes do ovo. Pois é. Fato comprovado cientificamente por cientistas ingleses, que entediados certamente, estudaram a casca do ovo meticulosamente até descobrir que ali existe uma substância que só é encontrada no ovário das galinhas. Pois é, pois é... E eu aqui, pensando no tempo. 

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