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14 de julho de 2010

Trouxe lá do outro blog que pensei em começar...

Eu sei que eu preciso escrever mais. Sinto que preciso. Precisar de precisão mesmo. E eu vejo também que por mais que me cobre isso, há tantas questões implícitas nesse não escrever quanto se possa imaginar. em primeiríssimo lugar estou farta de escrever em blogs mal elaborados como esse. Disputando este mesmo primeiro lugar há o fato de que a noite é minha parceira incondicional e eu ainda não consegui ter um computador decente em casa. Meu lap top, Zezinho, continua servindo muito mais de rádio, com metade da tela corrompida e sem acesso á internet. Ser mãe solteira e jornalista continua afetando no meu orçamento a tal ponto que só as necessidades básicas são supridas e o lápis e o papel além de mais poético, é mais barato.

eu sinto saudade de escrever textos longos para leitores fiés do cotidiano sim. Sinto falta de ter um blog bacana como o poéticas das antigas, onde a proposta da não proposta era a definição mais justa dos últimos tempos. Mas enfim. Continuo escrevendo pra mim mesma, fazendo minha análise extremamente necessária, mas bem menos do que deveria e gostaria. Isso aqui é muito mais um beliscão por deaixo da mesa do que um post, percebam isso. o fato é que meu narciso gostaria sim de divulgar os últimos fatos de minha vida daquele jeitinho metafórica que neguinho adora, fatos bem relevantes e significativos etc e tal, mas o desalinhar impera.

Quando eu me cobro assim o respeito contínuo às palavras, eu tento me lembrar também que preciso pegar leve comigo, pois é preciso considerar que uma pessoa que acorda cedo pra fazer o rango do dia, dar carinho e café ao filhote, sair pra trabalhar, encarar uma prefeitura e 19 secretarias, escrever quatro, seis matérias por dia e ainda editar os erros mais esdruxulos, não tem muitas condições psicológicas para escrever textos apaixonantes pelo simples amor às palavras com certa facilidade. Minha vida anda constantemente às tontas, como bem disse uma vez o Leminski, como se as coisas fossem todas afinal de contas.

Enfim: No frigir dos ovos, o que sinto falta é da interação com o público. O leitor é, antes de tudo, o objetivo do escritor. E eu tô cheia de histórias pra contar, um monte de mentiras pra disseminar, literatura pulsante que sou, sem conseguir brechas para transbordar. E eu quero muitoooooOO!!!!!!!!!!

Por isso ando tão intrispectiva... Também. Essa é, no entanto uma das razões mais caudalosas...

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