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11 de novembro de 2010

Vazia..

"Certamente, não há nada de ti,
sobre este horizonte,
desde que ficastes ausente.
Mas é isso o que me mata:
sentir que estás não sei onde,
mas sempre na minha frente"
Cecília Meireles

Mil poemas se encaixam e eu, desencaixada de mim, vago no absoluto vazio que deixaste. Já não me reconheço: antes altiva e viva, sou agora essa cara triste, esse corpo murcho, esse olhar tão vago quanto o próprio tempo que sem vc, demora tanto a passar. Dias parecem semanas e o seu silêncio inexplicável segue corroendo e deixando escorrer entre lágrimas furtivas, o rasgar dessa solidão.

Se eu não quero regressar a vida? Ora pois, mas claro que sim! Mas “só depois que essa saudade se afastar de mim... só depois que essa saudade se afastar de mim”...

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