24 de fevereiro de 2010
Eu, vc, João, girando na vitrola sem parar...
É assim que vou passar o fim de semana. Mas quer saber, eu gosto. Nasci proletária, é o que me dizem. Mas eu não é que goste de trabalhar e ponto. Não é assim. Eu gosto de fazer coisas que gosto. Tipo escrever, desenhar, editar textos... saca? tudo muito seletivo.
Como ultimamente meu ganha pão tem sido assessoria, é imprenscindível para o bom andamento da minha sanidade mental que eu tenha bons freelas, que me permitam respirar outros ares, sobretudo, os ares culturais. São coisas que deixam a gente arrasada de cansada, mas feliz no final. Bem diferente do que me sustenta por agora...
Me senti assim no carnaval. Já no domingo eu não conseguia nem andar direito, de tanta dor nos pés. mas eu saía radiante de casa...
Aqui eu consegui algo que desejava muito há muito tempo: a minha casa, o meu espaço. E, como estava comentando outro dia, o engraçado é que esse espaço era desejado por inúmeros motivos e um deles, um dos mais importantes na verdade, era encher esse espaço de amigos. Mas que ironia: os amigos ficaram na outra cidade... Mesmo assim - obeserve como sou reclamona mais que tudo - alguns já vieram aqui me visitar, rompenso barreiras e mostrando, mais uma vez, que nenhuma estrada é capaz de separar as almas.
Hoje eu recebi uma ligação de Madri. Direto para Alagodé, as mais lindas declarações de amor, o divã, as certezas de um carinho imenso que vencerá eternamente todo e qualquer obstáculo, prevalescendo, sempre. Então eu vejo que vale a pena né, tanta luta...
Na minha vida de mãe solteira, não sobra dinheiro no final do mês e quase todo o meu salário tem destinos mais certos que o trajeto que faço de casa para o trabalho. Mas quando Juan me acorda de manhã com um abraço e diz que me ama, o peso das coisas diminuem bastante...
Eu já tenho a sorte de um amor tranquilo sabe? e tenho um trabalho digno, mesmo não morrendo amores com ele. e tenho minha casa, minha tpm e amigos inigualáveis e insubstituíveis. mas se eu parar de reclamar, de querer mais, eu morro. então, deixa eu aproveitar pra pedir aos meus anjinhos uma paixão que me faça flutuar um tanto mais, porque desconfio que meus pés andam doendo mais é de estarem tão fincados no chão nos últimos tempos.
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Continuo enrolando meu cabelo e fazendo cena nessa ilha de pedras...
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