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29 de outubro de 2009

O que eu queria dizer...

“- Você reclama de barriga cheia.

Adoro essa frase. Ela separa os medíocres dos sonhadores. Ela determina o perfil dos conformados e confronta os questionadores. Quem vai mudar alguma coisa nesse mundo se não parar para perguntar o porquê das coisas? Portanto, fico desse lado. Do lado dos que reclamam. Por que sei que sou capaz de reclamar e de fazer também. Questionar é só deixar de aceitar as coisas como elas aparecem”.

Enfim.

28 de outubro de 2009

"A novidade que vem do Brejo da Cruz é a criançada se alimentar de luz"

27 de outubro de 2009

Se vc disser que eu desafino, amor...

Investimento próximo. E rápido!!!!!!!

Pois sim, preciso de uma máquina fotográfica.
Não precisa lá ser grande coisa, mas esse negócio de não registrar os momentos precisa passar. Porque fotografias sempre foram indispensáveis em minha formação. Porque esse descuido agora, Isa Lorena?

Tenho feito inúmeras fotos, quase todas muito boas, em meus celulares. Mas elas ficam lá e tenho acumulados em casa celulares cheinhos de registros. Vê se pode...

Isso me lembra aquele poe.meu:

Foto
Grafia
Sonoplastia não impressa
Antes e depois transformados em nada, ou imaginação.

Teorias muitas, prática, zero. De que vale???

Eis que alguém soprou o óbvio: Será que é tudo tão direto e simples? E a resposta boba, dada sem pensar: sim caro amigo!

Não, não é.
Nada na vida é simples e direto. Porque a vida é cheia de oscilações e indiossincrasias. Inda bem.

Mas sigamos. Os dias, em fileirinha, trazem sempre surpresas. E nunca são iguais.

Eu ainda acredito na sabedoria do repensar. Ela é essencial para o nosso crescimento.
Falar de respeito as difrenças é bonito. Difícil é partir pra prática. Eis a questão. e bola pra frente.

26 de outubro de 2009

Enquanto isso, na sala de justiça...

Foram três dias muito intensos. E a despedida de domingo não foi nada fácil. lágrimas controladas com risos provocados, aqueles olhinhos de mar me pedindo pra ficar... Saí de casa tarde, quase perco o último ônibus na rodoviária. Saí com o coração tão apertado que refletiu na cabeça, com uma dor súper chata que me acompanhou a viagem inteira. Deixei as lágrimas para o escuro do ônibus. E pensei forte no quão necessária é esta distância pra nós dois, no que isso nos trará de aprendizado, de crescimento material e espiritual também.

Já em casa, organizando a semana, senti como é incrível ter hoje essa raiz. São oito anos de não me saber só. são oito anos de mudanças profundas, em minha concepção de vida, de caminho, de destino, de fazer. Juan é o meu alicerce e não há vida sem ele. Uma constatação bastante ambígua, sem dúvidas...

Tomara que essa semana passe rapidinho como a outra. Há muito a ser feito aqui e a cada dia tenho mais certeza de que quero ficar. tenho pensado muito também em como as coisas acontecem para mim, quando as desejo muito e intensamente. Andei relendo alguns escritos desse ano e encontrei palavras de março que dizam da vontade de deixar um pouco Salvador. Nelas eu pedia para viajar um mês que fosse e ficar longe de tudo. De tudo mesmo, até mesmo de Juan. Porque precisava repensar muitas coisas, colocar outras tantas no lugar, espairecer sobre a minha vida e o que dela tenho feito.

Outras palavras pediam um novo emprego, um salário mais justo, novos desafios. Havia outros desejos e quase todos chegaram. Alguns de caroça, outros à galope, como tem mesmo de ser. Num cômputo geral as coisas estão melhores do que antes e as esperanças aquecidas. Momento bom para seguir em frente sem olhar muito pra trás, sem pensar demais no que ficou. O horizonte é vasto e meus olhos estão ávidos.

Para mim essa semana acaba na quinta. Na segunda, feriado. Na terça, aniversário do pimpolho.
Então são 5 dias de boresta em Salvacity. Beleuza de creuza!

22 de outubro de 2009

Sério???

Sério que ainda tem gente que acredita que existe verdade absoluta?

Sério que ainda tem quem acredite que dizer a verdade é igual a emitir opinião sem embasamento?

Sério que ainda tem quem afirme que desabafar com um amigo é igual a chorar lamentações à toa?


Se eu só vivesse chorando e lamentando, não seria quem sou.. não estaria onde estou... Não é óbvio?

Quem realmente não quer escutar OS FATOS?

“Tenho amigos para saber quem sou”

Acabo de perceber que, ou o conceito de amizade mudou, ou eu é que nunca entendi muito bem o que é isso...

Vivemos num mundo superpovoado e, além da família que temos, escolhemos outras pessoas, ao longo de nossas vidas, para caminhar ao nosso lado. Claro que parece piegas. Mas não é. No dia a dia cruzamos com centenas de pessoas e no cumprimento diário, estabelecemos padrões de comportamento, padrões sociais facilmente acessíveis e graças a Jah, passíveis de modificações quando estamos com os nossos, a nossa gente, a nossa gangue, esses que podemos chamar de amigos.

Dentre esses padrões o mais utilizado está na pergunta famigerada: E aí, tudo bem?

Ora... em nossa condição humana, as coisas nunca estão totalmente boas. Graças a isso, inclusive, somos impulsionados a mudar, a melhorar. É a partir de nossas insatisfações que nascem os nossos desejos e é no anseio do desejo que nasce a vontade da conquista. Isso posto, vamos aos fatos: para quais pessoas vc pode ser sincero?

Diante da perguntinha infame de se conosco está tudo bem, respondemos de forma tão medíocre quanto: sim, tudo bem. Mas há o diferencial. Há os AMIGOS.

É para eles que vc responde diferente. É para eles que contamos os porquês de nossos descontentamentos, porque os amigos, eles sim, sabem quem somos, não numa totalidade – como nada nessa vida. Mas eles sabem. E nós somos felizes porque temos a eles, que nos sabem.

Só os amigos escutam nossa voz ao telefone e conhecem seu tom. E nós, amigos, ouvimos tantas lamentações quantas forem possíveis. Perdeu o emprego? Está sem grana? O cachorro morreu? Os amigos estão lá pra amenizar tudo!

Conheço muita gente, uma quantidade quase inacreditável de pessoas para os meus 27 outonos. Gente de lá da infância, gente que ralou comigo nos trabalhos que passei, gente que estudou comigo, gente que encontrei nos pontos, nos shoppings, nas avenidas e nas ruas. Gente que adoro, mas que são conhecidos, conhecidos queridos, mas que não convive, que não divide. Gente que faz parte da minha vida, mas que por uma série de motivos – os mais diferentes possíveis – recebem minha resposta infame: sim, tudo bem!

Já os amigos... ah, meus amigos! Essas pecinhas fundamentais em minha vida. Eles são poucos, apesar de ter quem ache que são muitos! E até que são... Posso contar uns dez deles. Amigos que sabem quem sou, sabem como sou. Amigos que conhecem minha dramaticidade, minha tragédia, minha euforia, minhas esquizofrenias todas. Amigos que dividem comigo as suas idiossincrasias e que está lá quando me disponho a dividir as minhas.

Além disso tudo os amigos são multifuncionais: vão ao bar, à praia ou ficam em casa. E quando estamos juntos, rindo ou chorando... É sempre bom. Porque são os nossos alicerces, são aqueles para quem as respostas nunca são as mesmas dos conhecidos: Porra... Ta tudo mais ou menos...
E o mais interessante na amizade é a capacidade de compreender que o mesmo conselho que você deu hoje pode ser retribuído amanhã! Porque só nós sabemos a dimensão de nossos problemas... E quando estamos imersos neles, não conseguimos enxergar muito bem as saídas. E aqui entram os amigos queridos, que com seu jeito próprio – bem próprio de cada um -, vai nos mostrando os caminhos possíveis. E é tudo muito simples. Basta uma palavrinha, uma conversinha, um colinho... E as lágrimas se transformam em sorrisos, o céu fica claro, tudo fica mais bonito. E no dia seguinte - na semana seguinte, no mês, no ano seguinte – lá está aquele mesmo amigo com um probleminha parecidíssimo com aquele que vc enfrentava e olha lá vc dando a ele os mesmos conselhos, o mesmo colinho?

É assim que funciona. Pra mim e para aqueles que caminham ao meu lado. Aqueles que posso contar e que sabem que podem contar comigo também. Porque somos amigos de rocha e não desdenhamos do que sentimos, por mais bobo que pareça o problema. Nós escutamos o que o outro tem a dizer. Porque no escutar, reside uma sabedoria milenar. Amigo é aquele que sabe escutar, sobretudo.

Pois bem. A indignação posta no início desse texto acontece no momento em que descubro quehá pecinhas fora do lugar... E então bate aquela tristeza... Porque às vezes há verdades que nos saltam sempre aos olhos, mas preferimos não ver. Mas o importante é que há o momento da clareza também. E as vezes é uma claridade que nos cega. As vezes é uma claridade que nos ofusca a vista. Mas o retorno é inevitável e aí, nos despedimos e seguimos com as pecinhas restantes. Tristes, mas conscientes de que “tudo na vida acontece”.

21 de outubro de 2009

"E a gente vai levando, que também sem a cachaça, ninguém segura esse rojão"

Mais calma hoje depois de sentar e fazer e refazer as contas para esses dois meses. Ontem fui fazer o mercado do mês e meu papel saiu tão rabiscado que nem eu entendia mais depois tantos números! No fim das contas não só consegui gastar menos do que o previsto, como também me dei de presente uma garrafa de vinho, que devorei metade na mesma noite com uma pizza.

Como a mudança de casa ficou pra depois, continuo dividindo teto, agora com três rapazes. Rapazes obviamente é modo de dizer, já que falo de um de cinqüenta, um de quarenta e um de trinta. Cada um com seus quebrados. Mas depois que sentamos e organizamos as tarefas o babado ficou mais tranqüilo e como sou a mocinha casa, tratamento de princesa é o mínimo, of course.

Hoje consegui me atrasar menos. De Santa Terezinha para a Prefeirura são dez minutos de caminhada. Mas debaixo de um sol de rachar cuca um mototaxi é muito bem vindo. Por isso nas continhas do mês já entraram os dois reais diários, já que na volta é mais tranqüilo e sempre tem carona.

Até o final do ano vai ser inaugurado um supermercado pertinho de casa, o que vai facilitar bastante as coisas, além de ser da Rede Bompreço, concorrência necessária para o monopólio do G Barbosa da cidade.

A boa notícia dessa quarta é que mal cheguei e já fui convidada para fazer parte do conselho de cultura! Ainda não me interei direito da coisa, já que recebi a pouco o telefonema e preciso de mais informações sobre o que e como. Outra boa notícia – aliás, essa é A notícia do dia -, é que o ponto facultativo do dia do servidor será transferido para dia 30. Isso significa que ficarei juntinho de Juan da sexta à terça. Dia 3, quando ele completa seus 8 aninhos. Com a notícia sobre minha falta de grana, não poderei esse ano comemorar grandiosamente seu aniversário... Mas quero armar uma festinha em casa, mesmo assim, no dia 7. Preparem os guris, portanto. Farei em casa mesmo, lá no Flamengo, um rasga saco, cachorro quente, brigadeiro... Essas coisas pequeninas que não podem faltar. Ai os meninos se esguelam de brincar e fica tudo lindo. Salve a inteligência materna, voilá!

Tenho andado bastante ocupada pra não deixar a saudade invadir rasgante. Mas na hora em que deito na cama e tento fechar os olhos, quase sempre uma lágrima boba vem fazer limpeza na íris. Ontem o vinho ajudou a minimizar esse tempo, mas nem pensar fazer isso todo dia. Alcoolismo não é brinquedo que a gente se arrisque em experimentar. Aos poucos eu sei que isso vai se amenizando e sinto que o tempo vai voar e em breve estarei sentindo o cheirinho de Juan todos os dias, ininterruptamente.

O momento agora é de sabedoria para economizar. Hoje já é quarta e amanhã é dia de surpresa para o meu amor. Vou chegar de fininho, na pontinha dos pés e agarrar o meu trocinho até ele pedir penico. Que esse sol descanse o hoje e me traga o amanhã. Amém!

20 de outubro de 2009

Fudeu. fudeu...

Tudo ficou feio de repente. Minha cabeça dói... Mas eu não posso desistir.

Hoje é dia de sentar e fazer e refazer contas...
Não vai ser nada fácil segurar dois meses sem grana. Não vai ser. Mas eu vou conseguir. Sei que vou. Porque sou Isa Lorena. Ariana. E não desisto.

"Mas é que quando eu me toquei achei tão estranho... A minha barba, estava desse tamanho"

Acabei de receber uma bomba de mil. E aí não sei se choro, se me esbofeto ou se corro pra rodoviária e volto pra Salvador mesmo que fique desempregada.

Nem tenho como desabafar inteiro, pois até eu me sinto metade agora.

Merda.
Merda fedida...

19 de outubro de 2009

Fiquei lá em salvador...

É gente... dividir casa não é nada fácil. E mal se completou uma semana de experiência para bater novamente o martelo quanto a isso. Porque os homens ainda acreditam que pode “esquecer” as locas na pia ou a mesa suja de farelo de pão pra mocinha limpar? Pois os esquecidos se ferram comigo. Porque a mocinha aqui também sabe se fazer de cega... rs

Passei o fim de semana agarrada em Juan. E pra deixar ele ontem foi um sacrifício terrível. Cheguei na sexta de surpresa. Saí daqui quase quatro da tarde e cheguei em Salvador anoitecendo ainda. Mas da saída da BR para dar a volta no Iguatemi e chegar no shopping Sumaré pra pegar meu buzú pro Flamengo demorei uma hora! Só pra dar uma noção exata da coisa, basta penar que cheguei em Salvador por volta de cinco e meia e só cheguei no Flamengo às 20h45. Pois é...

Ju tava na casa de um amigo, no condomínio. E quando ouviu minha voz, saiu correndo feito um desesperado!! Ô abraço gostoso de saudade... Demorei pra dormir olhando aquela carinha que não via há três dias.
No sábado fui pra reunião da escola, buscar suas avaliações do terceiro bimestre. Notas ótimas, 10 em inglês, 9.5 em matemática, português e história... Mas ainda disperso nas aulas, conversando demais... ô deus.. a quem esse menino saiu heim? Rs

Almoçamos depois de um sermãzinho básico sobre comportamento e atenção e Juan inventou de ir para piscina, antes de sair. Íamos assistir ao Clown de Déia e não fomos. Terminamos ficando em casa mesmo. Antes fomos buscar Ágata em casa minha sobrinha linda que não via há tempos! Fomos ainda comer pizza de cone e Juan finalmente pode fazer o desenho que tanto queria, de um dragão que fica estampado na porta de vidro da loja de Tatuagem. O pivete pediu um banquinho emprestado na pizzaria e foi se prostar em frente à loja pra desenhar, arrancando comentários dos que passavam, claro.

As crianças fizeram farra até tarde, of course e só pregaram os olhos lá pra uma da matina.

No domingo acordamos meio tarde e não dava mais praia. Resolvemos então ficar na piscina do clube mesmo. Uma farra deliciosa!! Juan está nadando cada dia melhor! Parece um peixinho! Eles foram na frente e eu fui depois. E eu adoro a obediência de Juan, porque não é uma obediência cega, é uma noção de responsabilidade muito madura. Ele não vai pra piscina funda sem eu estar por perto. Mas também bastou eu chegar pra ele me dar aquele sorriso e se jogar!

Ficamos nessa vida boa até uma e pouquinho e eu precisava correr pra dar tempo de tudo! Tinha de ir levar ágata em casa, ir ver Carol no teatro e voltar pra Alagogó. Louca, claro. Pois foi o que fiz. E de mala na mão! Mas deu tudo tão certinho que ainda cheguei no teatro às quatro e 40.. por aí...

Não quero ficar lembrando da hora da despedida com Juan. Basta dizer que tive uma súbita vontade de desistir de tudo isso, pra entender o drama... Mas vamos em frente. Isso é muito importante para o nosso futuro.

No teatro, uma surpresa muito maravilhosa. Além de ver o meu anjo de cabelos negros atuando divinamente, segurando um texto enorme de uma hora e meia, recebi o maior presente que poderia nesse ano: o seu retorno. Aquele abraço, aquele olhar, aquelas palavras e aquelas lágrimas... eu escutava e não acreditava... Ela estava ali nos meus braços novamente, éramos a mesma simbiose de antes, duas irmãs, duas almas que não podem se perder... Foi indescritível. ...

Saí do teatro tão feliz, tão feliz, que durante a volta eu flutuava... E tudo se misturava às minhas lágrimas: a saudade de Juan, o medo desse desafio, a volta de minha Carol, seu texto forte, meus amigos todos em Salvador, tudo, tudo e mais um pouco... foram duas horas de estrada, duas horas de um céu estrelado bonito... Duas horas entre lá e aqui, entre o agora e um depois.

Fiquei lá em salvador...

16 de outubro de 2009

Informe urgente!

Seguinte: algumas pessoas estão reclamendo sobre a postagem de comentários aqui no blog, dizendo que não conseguem postar.

De fato, erro meu: Não tinha configurado o babado... daí a dificult.

Mas agora já está tranquilo... podem conferir!

15 de outubro de 2009

Notícias de Alagogó

Nem todos sabem que estou em Alagoinhas, ou melhor, Alagodé, no melhor estilo Alagoinhense. É que tudo aconteceu de repente na semana passada e lá estava eu ontem, as oito e meia da manhã, partindo de salvador. Partindo também é exagero de poeta, vcs me desculpem.. rs. Porque o que acontece á que até o comecinho de dezembro eu estarei na cidade durante a semana e nos fins de semana - quando não for o meu plantão - estarei em salvador agarrada em Juan, obviamente.

De salvador pra cá são duas horas de viagem se vier de expresso - mais caro mas incomparavelmente melhor. A estrada não é das melhores, então em alguns trechos é impossível concentrar na frente dos olhos um livro. A paisagem é aquela: mato pra todos os lados. O ônibus faz uma única parada em Catu e segue rumo alagogó.

A rodoviária daqui é precária, o que me fez ter uma péssima impressão logo de cara quando vim pela primeira vez, na semana passada, na sexta. A cidade é relativamente pequena. Territorialmente Alagoinhas é grande, mas a parte urbanizada da cidade mesmo dá pra conhecer em uma hora e meia de carro. Vim pra trabalhar na assessoria da prefeitura, com mais trës jornalistas. Aqui comunicação tem status de Secretaria e ao todo são 19 secretarias pra dar conta!

Quando cheguei na cidade fui direto pra Ascom. Já havia conhecido o pessoal quase todo na sexta, uma equipe bastante heterogênia e interessante. Vim de mochilão, bolsa e nécessaire, rs. Vim sabendo que teria de ficar hospedada num hotel por uma ou duas noites até encontrar um lugar pra ficar. A idéia era alugar um quarto, uma suíte e tal, o básico pra sobreviver na semana. Mas aí veio a surpresa de um convite para dividir casa com um dos colegas de trabalho, rachar aluguel etc, o que sai baratinho no fim das contas, muito mais que alugar sozinha um lugar.

Feliz com a notícia, fomos ver a casa, que fica a dez minutos de paletada da Prefeitura. A casa é fantástica e tem um quarto suíte só pra mim! Pois bem. Saímos da Ascom somente às 19h, fechando o boletim e fomos direto para a sede da AABB. Pausa: note que eu saí de Salvador de manhã cedo, viajei, trabalhei o dia inteiro – com direito a idas e voltas da prefeitura em busca de aspas de prefeito e secretários e nadinha de banho... Pois é. A AABB fica um tantinho distante, mas fomos de carro e tal. Aliás, dinheiro de transporte aqui eu vou gastar pouco, tanto porque é tudo perto, quanto porque não faltam carros e caronas.

Fiquei meio deslocada quando cheguei lá. Além de estar cheio o local eu tava suja, né? E descabelada, diga-se de passagem. E aí fomos sentar justo na mesa dos Secretários e do Prefeito, rs. Mas aí acabou o deslocamento assim que fui apresentada a todos. Coisa diferente é o interior. Ainda que em todos os lugares os egos e as vaidades mais extremadas estejam presentes, aqui a coisa é diferente e como estou falando de esfera política, realmente não dá pra explicar a simpatia desse povo, só vendo... De todos, o que eu mais me afinei foi com o secretário de cultura, of course. Uma figura e muitíssimo simpático.

Muito papo e discursos depois, veio o que eu não esperava: apresentação de Jau! Na mesma hora mandei uma mensagem pra Ivanna, claro, dizendo que até em Alagoinhas eu via o hômi! Rs

O show foi massa. Dancei miudinho, comportadinha, mas dancei. E no fim todos caíram mesmo na folia e até a Secretária de Educação soltou o gogó e foi cantar com Jau. Uma delícia. No meio da noite, sentada num puf fumando meu cigarro, tive uma sensação boa, vendo aquela gente junta, uma sensação de que Alagoinhas vai me pegar pelo pé... É meio difícil não gostar daqui. Foi a impressão forte que tive ontem. Saímos de lá quase duas da manhã e a chefa foi nos deixar em casa. Pareceu que vivi uma semana em um dia, sabe?

Hoje deu trabalho acordar. Tanto que não consegui falar com Juan antes dele ir pra escola e só nos falamos agora à tarde. Comecei a escrever esse “boletim” de manhã, de casa. Mas como já estava atrasada pra vir trabalhar, estou cá a dar continuidade a ele à tarde, finzinho de horário de almoço. Daí que já tenho a novidade do dia pra contar: meu pai, de Salvador, conseguiu uma casa pra eu ficar aqui, que pretendo ir ver hoje ainda. Casa de gente conhecida e tal e com aluguel baratinho, quase o que ia gastar dividindo com o colega.

Meu pai, inclusive, merece um parágrafo à parte aqui. Porque um pai melhor que ele... difícil de encontrar. Só pra dar uma vaga idéia da coisa, ele está esses dias lá em casa, só pra ficar com Juan... Além de estar me dando toda força que preciso pra essa nova empreitada. Só ele mesmo.

Hoje tem outro evento pra cobrir, dessa vez mais light e mais cedo. Rapaz, o povo de Alagoinhas bebe demais! “Quando acabar o maluco sou eu”... rs

Pra não esquecer de ninguém nos e-mails, vou escrever sempre sobre a vida em Alagogó no Poéticas: www.poeticacotidiana.blogspot.com. Daí não ficamos longe e a saudade fica pouca.

Esse fim de semana é o meu plantão. Mas como Prefeito viaja na sexta e nada indica de que acontecerá bulhufas na cidade, vou ficar aqui sábado pela manhã e estando tranqüilo, parto para Salvador à tarde. A peça de Déia vai ficar pra depois provavelmente; e a peça de Carol, só no domingo antes de voltar.

Saudades muitas é do cheiro de Juan. Mas eu nem vou ficar falando sobre isso, deixa aqui guardadinho e controlado... rs

7 de outubro de 2009

"Pé quente, cabeça fria"

Conselho Personare:

"Novos desafios brotarão em sua existência. Você poderá até ficar com um pouco de medo de topar a parada, mas o recomendável é que você vá pelas trilhas que não lhe parecerem fáceis e cômodas. Atire-se, arrisque-se, faça valer sua confiança em si! Quanto mais empolgação você transmitir, mais conquistará corações, mais convencerá as pessoas que você deseja convencer. É tudo uma questão de acreditar mais em si mesmo e não deixar que críticas “joguem areia” em suas idéias e movimentos"

Batata... rs

5 de outubro de 2009

Dia de luz, festa de sol e um barquinho a flutuar no macio azul do mar"

Super queimada de sol. Parecendo um camarãozinho. Fim de semana em Arembepe, lua arrebentando no céu, cheia, aldeia quase vazia, um mar de calma... Saudade de acampar sozinha também. De passar um domingo inteiro sem nada pra fazer, além de sentir o mar e o rio, andar descalça na areia quente e me embebedar de sol. Delícia...

A aldeia já não é mais a mesma. As pessoas que frequentam não são as mesmas. Mas os moradores, em sua maioria, ainda são. O Luis, por exemplo, é o maior exemplo. Um hippie de verdade, da cabeça aos pés, com sua ideologia forte, inteligência aguçada, sorriso aberto e casa aberta. Há quem se aproveite disso, sempre há. Antes de ir embora, mais uma prova de seu caráter: um rapaz passou com a família na frente da casa. Caiu a carteira. Alguém encontrou. Luis viu. E correu pra encontrar o cara, que já estava doido, já na estrada de barro, sem saber onde havia perdido seus pertences.

Arembepe dos coqueiros. Dos hippies. Da vida pulsando em sintonia com o vento...

E pra completar, no fim do domingo, ao rever Juan, que estava com o papai a passear, ouvi uma bronca daquelas. "Mas mãe! Porque não me chamou pra ir com vc!". E ainda levei outra bronca feia mais tarde pela falta do protetor solar. Pois é...

Fiquei com as bochechas vermelhas do sol e com a alma viva... Fiquei com vontade de não demorar a voltar... Com Juan, claro, pra não ouvir sermão depois!

1 de outubro de 2009

"Tô trancado aqui no quarto, de pijama, porque tem visita estranha na sala, aí, eu passo a vista no jornal"

Gente... Eu tô numa crise geral com esse blog, porque blog pra mim tem de ter uma finalidade útil. Por isso tenho os outros.... Antes eu até gostava de vir e fazer crônicas de meus dias, mas ultimamente isso virou pauta de questionametos diversos, então... Ou eu aprendo a escrever crônicas de fato ou abandonarei o poética, deixando aqui para quem quiser ler um dia... rs

Queria descrever a poética cotidiana dos meus dias aqui, como faço em casa, sentada na latrina, antes de dormir. Mas sem net em casa fica chato, porque eu parto inevitavelmente para o papel e a tinta me consome os devaneios todos. As vezes eu tenho lapsos de vontade de escrever sobre o que se passa nas manhãs que antecedem meu enontro com a net - e consequentemente com minha possibilidade de escrever e postar; mas tudo se perde, não como se fossem devaneios tolos, pois se perdem pra dentro. Se perdem porque para ser resgatados seria preciso um tempinho bacana e tal...

Não tenho nada contra fazer do blog um diário aberto interessante. Mas sigo achando que se fosse possível fazê-lo no fim dos dias, seria ótimo. Por enquanto, não dá.

Vamos em frente. Para aqueles que reclamam pela falta de textos por aqui, peço paciência. E fazer greve de comentários é injusto! e não resolve o problema! rs
Já já resolvo essa questão da net/casa. E vamo ver agora quem é que vai 'guentar', como diria o Raul.