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16 de setembro de 2009

“Dona do sim e do não diante da visão da infinita beleza”

Sabe aquela história de assobiar e chupar cana? Sou eu. Sem premeditar faço inúmeras coisas as mesmo tempo e sim, isso tem mais de três lados: as vezes faço tudo com êxito, mas na maioria das vezes, me atrapalho, deixo alguma coisa sem terminar.. é um inferno. E não agüento passar um minuto parada. E isso, meus caros, não é muito satisfatório. Combinar pequenas coisas já é natural. Escrever e ouvir música por exemplo. Dá. Mas se a música for instrumental ou numa língua desconhecida, melhor. Se não, entra a terceira tarefa: cantar. Aí embanana tudo. E ainda tem um outro traço falciforme meu: eu não consigo acompanhar meus pensamentos. Geralmente escrevo tudo o que penso em termos de idéias novas. Anoto num papelzinho, faço lembretes... porque se não o bagulho se perde e aí, é capaz deu lembrar no alto de uma roda gigante, num domingo no parque, por exemplo. Agora mesmo estou ca a redigir textos trabalhísticos e ouvindo velhas e boas de Caetano como Cajá. Beleza. Daí paro o que estou fazendo porque pensei num final bacana praquele conto. Aí no meio do conto lembro que tenho que acrescentar tal item nas tarefas do dia e antes de finalizar o item corro pra dar uma olhadinha na agenda da semana. O que tem marcado mesmo pra meio dia de amanhã?

Arf.

Cansa. É uma estabanação só. Mesmo que no final eu tenha realizado tudo aquilo a que me propus, é um gasto de energia filadaputa. E o pior é que no fundo do fundilho, eu gosto de ser assim! Valha-me deus, nossa senhora...

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Ontem na viagem de volta pra casa – minhas duas horas de buzú pela orla de Salvador -, deu um estalo de pensar em meu nome, que eu adoro de paixão... Esse Isa tão diferente do Lorena, esse complemento, esse som fluido que dele emana. E dentre os devaneios, concluí que Lorena é o meu lado frágil, em oposição ao Isa; Mas compreendam que não se trata de questões etmológicas, mesmo sendo Isa = fogo e Lorena = calma; é uma questão contextual mesmo, aliterações infantis e outras incongruências. Mas independente do peso das partes, esse todo – Isa Lorena – é algo forte, uníssono. E eu gosto muito, muito de ser esse signo.

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Quase primavera nesse setembro de sol com chuva. Juan caminhando para completar seus oito anos e nove meses de vida, com suas múltiplas inteligências bem desenvolvidas, com a saúde própria daqueles que se fartaram de leite de peito, apenas atormentado pela renite cada ano mais fraquinha... boa dicção, boa postura e bons modos, mantendo acesa, no entanto, as faíscas próprias da infância. Uma delícia. Meu filho. Minha cria. Meu pedaço. Meu dele. Meu do mundo. Compreensão difícil sim. Alguma dor, algumas lágrimas. Maternidade aflorada. Aceitação.

2010 já chegou na minha agenda. Nos planos ele já havia. E quando faltam três meses pra fechar o ciclo ocidental doismilenovístico, tudo parece correr. Mas é preciso caminhar sem pressa, às vezes. E quando nossas pernas são ligeiras de fábrica, vale uns ajustes, umas parafusadas até... Mas sem paralisias. Jamé.

2 comentários:

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