Páginas

26 de outubro de 2010

Pouco a pouco, passo a passo...

"Existem momentos da vida em que somos desafiados a perder cascas, a compreender a importância de caminhar, deixando paisagens para trás. Ainda que isso doa, uma vez que nosso ego se estrutura a partir de apegos e identificações, é a compreensão meditativa de que tudo passa que lhe permitirá seguir caminhando e, enfim, abrir-se ao novo que belamente se introduz em sua vida, pouco a pouco, passo a passo, até que você apareça com a alma totalmente renovada".

O personare como sempre, na sintonia com os meus acontecimentos. Aqui em Lençóis o tempo é outro e ontem eu percebi que se não me centrar no meu próprio tempo, posso me perder mais ainda dentro de mim mesma. São muitas coisas a fazer, dois trabalhos pra conciliar, Juan, o tempo dele, a vontade de conhecer os lugares todos, ver casarões, sentir os rios... então, mais uma vez, a disciplina renovando-se, o seu conceito e a sua aplicação efetiva para o caminhar propício das ações.

Pois é.

No mais, uma saudade pontuada pela lua cheia, cadeira de madeira sentada no quintal, novas ideias, novos desejos e muitas renovações... Tentando tirar de mim o que não me serve mais, medos, dúvidas... Medo de perder coisas que eu mesma quero deixar... e desapegar-se não é fácil. 

25 de outubro de 2010

1º email de Juan


 

abre aspas:
o  mãezinha desculpa  pelo negocio da escola ta  bom

24 de outubro de 2010

Acordar em Lençóis... Olhar pela janela e ver(des) possibilidades...

21 de outubro de 2010

Sereníssima

Essa viagem será de grande importância pra mim. Primeiro, pelo que a Chapada representa em minha vida, a possibilidade de conhecer Lençóis, suas ruas e casarões, respirar passado e história, coisas de que muito gosto. Depois, pela possibilidade de estar lá para iniciar um trabalho que certamente renderá bons frutos. Sinto o cheiro de boas novidades... E em terceiro lugar e não menos importante, pelo fato de que longe da ascom e das cotidianidades, poderei estar mais perto da natureza e de mim mesma, para buscar algumas respostas que ainda me fogem...

(Muitas vezes nem são as respostas que fogem de nós. Na verdade, nós geralmente é que fazemos as perguntas erradas, sabe? Pois é...)

Às vezes cometemos erros terríveis na vida, agindo com o outro exatamente da maneira como sempre condenamos que agissem conosco. Acontece. Somos humanos... Por isso mesmo somos capazes de errar e depois olhar para nossos erros, destrincha-los e encontrar seus porquês. Isso é fundamental para que cresçamos sendo justos e saudáveis nas nossas escolhas. E é isso que quero agora, encarar meus erros...

20 de outubro de 2010

Adorei As cariocas, a nova série da Globo. Agora é não esquecer de assistir todas as terças né, como é bem de praxe meu.

Dia de chuva, de céu cinza e de grandes reflexões.
Acordei desejando imensamente que todos fiquemos bem. Todos nós..

19 de outubro de 2010

Preciso traçar um perfil de tudo que ando fazendo errado. A meneira como me mostro para o mundo, como lido com as coisas que me atingem direta e indiretamente, o que me aflinge, o que me deixa ansiosa, o que me faz agir impulsivamente... tantas coisas... e o tempo não pára, com ou sem agudos.

Ah vida... quantas coisas a descobrir ainda! Putaquepariu...

15 de outubro de 2010

Há sentimentos indecifráveis caminhando dentro de mim. Há questionamentos dos mais variados sobre quem sou e o que quero ser na perspectiva do Outro e de mim mesma; Há dúvidas sobre o que estou fazendo dentro de um relacionamento que não pára de crescer desordenadamente e que ao mesmo tempo se transforma, a partir de limites impostos, geográficos ou não...

14 de outubro de 2010

Entre aspas

E a vida... e a vida, o que é?
Diga lá, meu irmão!

13 de outubro de 2010

Estava à toa na vida...

Pequena reflexão escrita durante a viagem desta manhã, enquanto os olhos se preenchiam com a vida verde e flutuante que passava na janela:

1. Já que o amor insiste em nascer, além da paixão, faço dele então objeto de estudo. Observo, analiso e me espanto. E para mim, em concordância com o Gullar, a poesia nasce sempre do espanto.

2. Se te chamo, portanto, pra ver a Banda passar e você não vem, não posso furtar-me de vê-la sozinha... Certamente correrei pra te contar depois o que dela apreendi. Mas se, no entanto, também da passagem não quiseres saber, resta-me apenas buscar outros ouvintes...

Entretanto, a vontade maior e latente - é bom e necessário que o saiba – é de ver a Banda passar contigo, ambos admirados, degustando as cores e os sons junto à meninada que também se anima para ouvir as coisas de amor que a banda canta (particularmente) para cada um de nós.

E 3. nós sempre estamos onde devemos estar. Porque para cada instante vivido, há uma construção de sentidos, estradas que perpassam contextos. Então, colecionemos instantes!

Enfim: Tudo isso num pedaço de papel, em letras turvas, que se jogavam da caneta num devaneio descarado, enquanto eu via da janela “a vida correndo parada”, como canta o Djavan...

10 de outubro de 2010

...

Acordou sentindo um abraço... despertou e pensou em como gostaria de estar errada, de ouvir uma palavra de amor, um beijo, que resignificasse tudo... mas o dia passou e só havia silêncio... desejou então que estivesse melhor, apenas e seguiu caminhando através do silêncio... Um amor assim, delicado...

8 de outubro de 2010

Revelar-se

Eu sou uma dama de copas. Uma mulher que bebe vinhos à meia-noite e à meia-lua, flutua dentro de si mesma. Eu sou a própria lua flutuante tantas vezes... e noutras, sou um poço fundo à procura de baldes- e procuras - que o signifique.

Meu corpo está vivo e essa nem é uma certeza, veja bem... Tudo está povoado de dúvidas e isso é lindo. Crescer e multiplicar idéias, querer sempre mais, sempre menos. Buscar sempre medidas, antes ou depois dos atos. depende dos signos, dos contextos, das considerações...

Buscar sentidos.

Eu sou aquela que dança, aquela que apreendeu o discurso de Smetack e também não vê no fim da fala o início do silêncio. Uma boêmia de alma, de coração.

E para todo silêncio, um grito antes. Um grito dos galos que tecem amanhã de João Cabral de Mello Neto. Um grito unissono, que sai de segundo em segundo, de dentro de mim.

6 de outubro de 2010

Se joga na breguice, berenice!

Como uma deusaaaaaaaaaa, vc me mantêmmmm.. e as coisas que vc me diz, me levam aléééééééémmmmmm

5 de outubro de 2010

Marina,... você se pintou?

Marina, morena Marina, você se pintou diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o grito da Terra e o grito dos pobres, como diz Leonardo.
Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?
Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as famiglias que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.
Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.
Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. Azul tucano. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.
Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a vitória da Marina. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.
Marina, você faça tudo, mas faça o favor: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você tanto faz. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele.
Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu.



Maurício Abdalla
Professor de filosofia da UFES

4 de outubro de 2010

Pequeno adendo de paz para uma segunda-feira...

13h. ficar esse horário sozinha no trabalho é uma das coisas que mais gosto. Esse silêncio só meu, essa paz... eu gosto de trabalhar sozinha... claro que não o tempo inteiro e não estou cá a desejar só isso na minha vidinha. Mas é bom. Esse momento solene da Secretaria, ninguém me perguntando nada, querendo opinião, tecendo assuntos muitas vezes desagradáveis... no decorrer do dia, quando quero ficar mais comigo, boto o fone do ouvido e ligo um som pra desligar do resto. Não do todo que nem dá... mas fica eu e o Chico ou a Maria, ou qualquer outro de momento... ou eu e os sons das coisas que falam, como a buzina lá de fora, os teclados e o ar condicionado...