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9 de agosto de 2011

Silêncio cortante...

Acho que estou um tanto desgastada de mim mesma. Sei que me cobro em demasia, sei que sou critica maior de mim mesma, mas tudo tem parecido tão enfadonho e essa cadeira, minhas pernas paradas, um não viajar que se acumula, palavras não ditas, outras tantas entregues, uma mediocridade que não me convém, que me desagrada, motivos inteiros, caretas, partidas... 

Me sinto sozinha dentro de mim mesma. Uma solidão criada e alimentada não sei porque, não sei como. Cansada de ser menos do que gostaria... eu não sei nem mais explicar... Só sei que levantar todas as manhãs e dirigir para o mesmo lugar já me causa uma gastrite aguda e me faz fraquejar inda mais pensar que.. isso não vai mudar... ao menos por enquanto... pois as possibilidades são rarissimas e muitas vezes mesmo tão proximas, precisam ser descartadas... 

Sempre fui tão profunda e em meio aos desatinos do cotidiano, das contas que se acumulam, das obrigações, dos horários estabelecidos, simplesmente me encontro rasa. Nem o apaixonar-se me dilacera como antes, apenas atrapalha, por chegar em hora imprópria e sobretudo, direcionado ao impossivel. Me sinto burra, instavel e o pior de tudo isso: hormonalmente equilibrada, nem há TPM como álibe... 

Que seja só uma fase. Um silêncio que passe, que dissolva o que não presta. 
Quero me encontrar novamente completamente apaixonada por mim mesma, pelo que sou, que construí. 

Me quero de volta, inteira e lasciva, porque minha vida fica uma merda sem mim...

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