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22 de agosto de 2011

O personare diz: Que tal eliminar o que não presta mais?

Ok. Vou ali me jogar toda no lixo.

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18 de agosto de 2011

Antes do previsto...

"No ano que vem eu faço 70 anos, não vou ficar reivindicando juventude. O tempo passa a ser uma coisa valiosa em si para si"

Gilberto Gil
Ler essa frase de Gil nessa manhã tão cinza em que os dias se acumulam junto às contas a pagar, à poeira da casa, os papéis não lidos, os telefonemas que não dei, as declarações que não fiz... me faz rever – aos poucos – uma martelada que insiste em machucar minha cabeça, com cacetadas inda mais fortes durante os últimos dias: eu envelheci antes. Antes do previsto. Antes que quisesse. Antes que pudesse me armar.

Não falo da maternidade aos 19. Talvez antes. Em contexto. Sim, talvez. O fato é que envelheci  rapido demais e aos 29, não consigo me encaixar nem na juventude que me guarda cronologicamente, nem na velhice do sedentarismo. Sou alguém fora do meu tempo, agora. Mas quando antes estive nele, devidamente encaixada, efetivamente?

“.. não vou ficar reivindicando juventude...”, Gil diz. Também não quero. Olho com distância os adolescentes do meu tempo, os de 15, os de 20 e alguns de 30, os piores da espécie, a meu ver. Sinto-me contemporânea em muitos sentidos, assisto o jornal da meia noite e me encaixo na geração Y, pela instataneidade das informações que me perpassam e que tento agarrar de uma forma ou outra; mas ainda assim me sinto antiga.

E piora um pouco as coisas quando observo a minha música, minha literatura e devaneios, todos muito antigos, muito utópicos... e a minha nostalgia, muito própria, não me deixa nem fingir que estou errada...

O tempo é coisa valiosa... e pode ser desastroso não saber aproveita-lo. E sabe, sinceramente? A sabedoria de Gil me estapeia... e a mim, com cara inchada, só resta mesmo o refletir.. pra desobstruir, pra me tirar da confusão...

15 de agosto de 2011

Eis a questão.

Quando vc não sabe mais ser só amiga, mas também não quer ser namorada, vc quer ser o que afinal? 


Vc mesma. Mas com algumas doses de tequila e sexo, pra apimentar os dias... ficaria beeeem melhor.. rs

9 de agosto de 2011

Silêncio cortante...

Acho que estou um tanto desgastada de mim mesma. Sei que me cobro em demasia, sei que sou critica maior de mim mesma, mas tudo tem parecido tão enfadonho e essa cadeira, minhas pernas paradas, um não viajar que se acumula, palavras não ditas, outras tantas entregues, uma mediocridade que não me convém, que me desagrada, motivos inteiros, caretas, partidas... 

Me sinto sozinha dentro de mim mesma. Uma solidão criada e alimentada não sei porque, não sei como. Cansada de ser menos do que gostaria... eu não sei nem mais explicar... Só sei que levantar todas as manhãs e dirigir para o mesmo lugar já me causa uma gastrite aguda e me faz fraquejar inda mais pensar que.. isso não vai mudar... ao menos por enquanto... pois as possibilidades são rarissimas e muitas vezes mesmo tão proximas, precisam ser descartadas... 

Sempre fui tão profunda e em meio aos desatinos do cotidiano, das contas que se acumulam, das obrigações, dos horários estabelecidos, simplesmente me encontro rasa. Nem o apaixonar-se me dilacera como antes, apenas atrapalha, por chegar em hora imprópria e sobretudo, direcionado ao impossivel. Me sinto burra, instavel e o pior de tudo isso: hormonalmente equilibrada, nem há TPM como álibe... 

Que seja só uma fase. Um silêncio que passe, que dissolva o que não presta. 
Quero me encontrar novamente completamente apaixonada por mim mesma, pelo que sou, que construí. 

Me quero de volta, inteira e lasciva, porque minha vida fica uma merda sem mim...
Separar os lugares certinhos para casa palavra acontecer, preparar carruagem e partir para dentro, naquela inevitável viagem que há tanto tempo venho protelando... Encontrar-me, deduzir-me, refazer-me. Eis o objetivo do agora.